Pomerano: dialeto ou língua?

Autores

  • Guilherme Ribeiro Colaço Mäder UFSC
  • Nicoli Knuth da Rosa UFSC

Palavras-chave:

Pomerano, Canguçu, Língua pomerana

Resumo

Este artigo faz um panorama histórico da língua pomerana, demonstrando como essa língua, tá já praticamente extinta em seu local de origem, mantém-se viva no Brasil, mesmo após anos de apagamento e silenciamento do povo pomerano. O trabalho foca no pomerano falado na cidade de Canguçu/RS e, através de entrevistas e pesquisas, traça paralelos com o pomerano falado em Santa Maria de Jetibá-ES, local onde essa língua é mais estudada e documentada, além de chamar a atenção para o fato de o pomerano ser uma língua, não um mero dialeto do alemão, e como essa classificação equivocada prejudicou e prejudica ainda hoje a comunidade pomerana.

Referências

BEILKE, N. S. V. Pomerano: uma variedade germânica em Minas Gerais. In SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA, 3., 2013. Anais [...]. Uberlândia: UFU, 2013.

CANGUÇU. Lei nº 3.473, de 30 de julho de 2010. Dispõe sobre a co-oficialização da língua pomerana no município de Canguçu/RS e a inclusão da disciplina de estudo da língua no currículo escolar nas escolas da rede municipal de ensino e dá outras providências. Diário Oficial do Município, Canguçu, 31 jul. 2010. Disponível em: https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7338&cdDiploma=201034731&NroLei=3.473&Word=&Word2=. Acesso em: 15 fev. 2024.

DREHER, M. Uma cultura ameaçada. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, RS, n. 271, p. 20-22, 1 set. 2008.

HACKENHAAR, D. Vida e trajetória do povo pomerano: a imigração pomerana para o Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) —Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2018.

HARTUWIG, A. V. G. Professores(as) Pomeranos(as): Um estudo de caso sobre o Programa

de Educação Escolar Pomerana – Proepo – desenvolvido em Santa Maria de Jetibá/ES. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2011.

HAMMES, E. L. A imigração alemã para São Lourenço do Sul: da formação da sua Colônia aos primeiros anos após seu Sesquicentenário. São Leopoldo: Studio Zeus, 2014

IPOL. Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística. Lista de línguas cooficiais em municípios brasileiros. Florianópolis, SC: IPOL, 2023. Disponível em: http://ipol.org.br/lista-de-linguas-cooficiais-em-municipios-brasileiros/. Acesso em: 25 fev. 2024.

JANUTH, E. A língua e a cultura pomerana: um estudo de caso em uma escola municipal de Domingos Martins/ES. Trabalho de Conclusão Final (Especialização em Práticas Pedagógicas) – Instituto Federal do Espírito Santo, Santa Maria de Jetibá, ES, 2022.

KRONE, E. E. Comida, memória e patrimônio cultural: a construção da pomeraneidade no extremo sul do Brasil. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pelotas, RS, 2014.

POSTMA, G. A Contrastive Grammar of Brazilian Pomeranian. Amsterdã: John Benjamins Publishing Company, 2019.

SANTA MARIA DE JETIBÁ. Lei n° 1.136, de 26 de junho de 2009. Dispõe sobre a cooficialização da língua pomerana no município de Santa Maria de Jetibá, estado do Espírito Santo. Diário Oficial do Município, Santa Maria de Jetibá, 27 jun. 2009.

SANTA MARIA DE JETIBÁ. Lei n° 1.398, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a criação do centro de educação pomerana no município de co-oficialização da língua pomerana no município de Santa Maria de Jetibá. Diário Oficial do Município, Santa Maria de Jetibá, 17 nov. 2011. Disponível em: www.legislacaocompilada.com.br/santamaria/Arquivo/Documents/legislacao/html/L13982011.html. Acesso em: 14 fev. 2024.

THIES, V. G. Uma cultura ameaçada. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, RS, n. 271, p. 29-30, 1 set. 2008.

THUM, Carmo. Silenciados pela hegemonia alemã. Entrevista concedida a Patricia Fachin. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, v. 1, n. 271, p. 16-18, set. 2008.

TRESSMANN, I. Da sala de estar à sala de baile: estudo etnolingüístico de comunidades camponesas pomeranas do estado do Espírito Santo. 2005. 335f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.

WACHHOLZ, W. Uma cultura ameaçada. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, n. 271, p. 13-166, 1 set. 2008.

Downloads

Publicado

2024-05-31

Edição

Seção

Artigos