Como a prosódia constitui ações de formulações na corte

Autores

  • Ana Cristina Ostermann Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) http://orcid.org/0000-0001-9017-6314
  • Daniela Negraes Pinheiro Andrade Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
  • Minéia Frezza Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2018v19n2p101

Resumo

Com base nas perspectivas teóricas e metodológicas da Linguística Interacional e da Análise da Conversa, este estudo investiga como o traço prosódico tom contribui para a formação e a atribuição de sentido às ações em audiências de instrução, em particular, na prática de formulação. A análise revela que variações de tom na prática de perguntar estão intrinsecamente relacionadas às diferentes ações realizadas local e situadamente: checar entendimento e desafiar o interlocutor.

Biografia do Autor

Ana Cristina Ostermann, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Professora Titular no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Bolsista Produtividade do CNPq e Vice-Presidenta da International Society for Conversation Analysis-ISCA.

Daniela Negraes Pinheiro Andrade, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Minéia Frezza, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Professora da área de Letras Português e Inglês no IFRS - Câmpus Farroupilha. Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Referências

ANDRADE, D. O uso de referentes pessoal e de lugar e o uso de formulações em interrogatórios na corte, São Leopoldo. Master’s Dissertation. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, 2010.

COUPER-KUHLEN, E.; SELTING M. (Ed.). Prosody in conversation: interactional studies. New York: Cambridge University Press, 1996.

GARFINKEL, H. Studies in Ethnomethodology. Englewood Cliffs, 1967.

HEPBURN, A.; BOLDEN, G. Transcribing for social research. Los Angeles: Sage Publications, 2017.

HERITAGE, J.; WATSON, R. Formulations as conversational objects. In: PSATHAS, G. (Ed.), Everyday language: studies in ethnomethodology. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, 1979, p. 123-162.

JEFFERSON, G. Transcript notation. In: ATKINSON, J.; HERITAGE, J. Structures of social action: studies in conversation analysis. New York: Cambridge University Press, 1984. p. ix-xvi.

LEVINSON, S. Action formation and ascription. In: SIDNELL, J.; STIVERS, T. (Ed.). The Handbook of Conversation Analysis. Massachusetts: Wiley-Blackwell, 2013, p. 103- 130.

RAYMOND, G. Grammar and social organization: yes/no interrogatives and the structure of responding. American Sociological Review, v. 68, p. 939-967, 2003.

SACKS, H. Lectures on conversation. Oxford: Blackwell, v. 1 e v. 2, 1992.

SACKS, H.; SCHEGLOFF, E.; JEFFERSON, G. The simplest systematics for turn-taking in conversation”. Language, v. 50, n. 4, p. 696-735, 1974 .

SCHEGLOFF, E. Reflections on studying prosody in talk-in-interaction, Language and Speech, v. 42, n. 3-4, p. 235-263, 1998.

SCHEGLOFF, E. Sequence organization in interaction: a primer in Conversation Analysis. Cambridge: Cambridge University Press, v. 1, 2007.

SELTING, M. Prosody in interaction: State of the art. In: BARTH-WEINGARTEN, D.; REBER, E.; SELTING, M. (Ed.). Prosody in interaction. Amsterdam: Benjamins, 2010, p.3-40.

SZCZEPEK REED, B. Analysing conversation: an introduction to prosody. New York: Palgrave Macmillan, 2010.

WALKER, E. Making a bid for change: formulations in union/management negotiations. In: FIRTH, A. (Ed.). The discourse of negotiation: studies of language in the workplace. Oxford: Pergamon, 1995, p. 101-140.

Publicado

2018-12-27