"Poesia para ser série tem que alcançar o grau de brinquedo": Manoel de Barros e o jogo das coisas jogadas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n13p75Resumo
Em “Os jogos e os homens” (1960), Roger Caillois divide os jogos em quatro grupos: os de competição, os de sorte, os de simulação e os de vertigem. Embora toda a dificuldade de se classificarem os jogos – já que basta um “fora do jogo” para pôr em xeque a classificação –, há algumas características comuns a todos: o jogo é livre – caso contrário, sendo obrigatório, perderia sua natureza alegre e atrativa –; é separado do tempo e do espaço correntes; seu desenrolar e seu resultado são incertos – nada está decidido de antemão –; é improdutivo, já que não cria bens nem obras; tem certo regulamento, que suspende as leis ordinárias, criando uma nova legislação; cria outra realidade, ou uma irrealidade em comparação com a vida vulgar, por isso é uma ficção. A partir dessas seis características fundamentais, o que propomos neste trabalho é ler a literatura como jogo. Para tanto, escolhemos jogar com poemas de Manoel de Barros, já que sua obra poética reúne claramente as características elencadas por Caillois.
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