"Poesia para ser série tem que alcançar o grau de brinquedo": Manoel de Barros e o jogo das coisas jogadas

Autor/innen

  • Adris André de Almeida UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n13p75

Abstract

Em “Os jogos e os homens” (1960), Roger Caillois divide os jogos em quatro grupos: os de competição, os de sorte, os de simulação e os de vertigem. Embora toda a dificuldade de se classificarem os jogos – já que basta um “fora do jogo” para pôr em xeque a classificação –, há algumas características comuns a todos: o jogo é livre – caso contrário, sendo obrigatório, perderia sua natureza alegre e atrativa –; é separado do tempo e do espaço correntes; seu desenrolar e seu resultado são incertos – nada está decidido de antemão –; é improdutivo, já que não cria bens nem obras; tem certo regulamento, que suspende as leis ordinárias, criando uma nova legislação; cria outra realidade, ou uma irrealidade em comparação com a vida vulgar, por isso é uma ficção. A partir dessas seis características fundamentais, o que propomos neste trabalho é ler a literatura como jogo. Para tanto, escolhemos jogar com poemas de Manoel de Barros, já que sua obra poética reúne claramente as características elencadas por Caillois.

Autor/innen-Biografie

Adris André de Almeida, UFSC

Veröffentlicht

2012-02-28

Ausgabe

Rubrik

arte dos jogos