Poéticas Hesitantes

Autores

  • Suzy Zaparoli UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2020.e73706

Resumo

Resumo: Neste trabalho, propomos uma análise da obra poética Elefantes dentro de um sussurro (2017) de Marcelo Reis de Mello, em que notamos ser, para além de um livro de poesias, um projeto artístico gráfico, impulsionado por um movimento entre imagem e texto poético. Há, também, uma oscilação entre palavra dicionarizada - levada ao seu extremo, fixada através de carimbos - e palavra poética que o poeta busca em lugares diversos, seja em recortes de Wikipédia, em reportagens, em links na internet, em fragmento de entrevistas ou, antropofagicamente, em filósofos e artistas. Esse procedimento de montagem potencializa a palavra e, dessa forma, a abertura de significações, criando novos olhares.

Referências

ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropófago. Revista de Antropofagia, São Paulo, ano 1, n. 1, maio de 1928.

CAGE, Jonh. Imaginary landscape. Disponível em: http://exhibitions.nypl.org/johncage/taxonomy/term/79. Acesso em: 07 set. 2019.

CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

COCCIA, Emanuele. A vida sensível. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie, 2010.

DELEUZE, Gilles. A literatura e a vida. In. In: DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 2004.

DELEUZE, Guilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia vol.1. Trad. Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. Trad. Rogério da Costa. São Paulo: Iluminuras, 2005.

DERRIDA, Jacques. Che cos'è la poesia?. Trad. Tatiana Rios e Marcos Siscar. Inimigo Rumor, Rio de Janeiro, n.10, p. 113-116, mai. 2001.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente – História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A semelhança informe ou o gaio saber visual segundo Georges Bataille. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.

HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionario Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

MADRUGA, Bianca. Algum lugar algum. Disponível em: https://biancamadruga.wixsite.com/biancamadruga/algum-lugar-algum. Acesso em: 10 mar. 2020.

MALLARMÉ, Stéphane. Divagações. Trad. Fernando Scheibe. Florianópolis: Editora da UFSC, 2010.

MELLO, Marcelo Reis de. Elefantes dentro de um sussurro. Rio de Janeiro: Cozinha Experimental, 2017.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 3ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. Trad. Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes. São Paulo: Cosac&Naify, 2004.

NANCY, Jean-Luc. Demanda: literatura e filosofia. Trad. Eclair Antonio Almeida Filho; Dirlenvalder do Nascimento Loyolla e João Camillo Penna. Florianópolis: EDUFSC, 2016.

NANCY, Jean-Luc. “Las artes se hacen unas contra otras.” In. Las Musas. Tradução Horácio Pons. Buenos Aires: Amorrortu, 2008.

NANCY, Jean-Luc. La representación prohibida. Trad. Margarita Martínez. Buenos Aires: Amorrortu, 2006.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Tradução Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac & Naify, 2012.

RANCIÈRE. Jacques. “La danse de lumière.” In. RANCIÈRE. Jacques. Aisthesis: scenes from the aesthetic regime of art. Londres: Editora Galilée, 2011.

REZENDE, Antônio Martinez; BIANCHET, Sandra Braga. Dicionário do Latim essencial. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

SILVA, Deonísio da. De onde vêm as palavras: origens e curiosidades da língua portuguesa. 17. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2014.

SOUSANIS, Nick. Desaplanar. Trad. Érico Assis. São Paulo: Veneta, 2017.

ZACCA, Rafael. XANTO | Cores que migram (A alquimia do verbo em Marcelo Reis de Mello). Disponível em: https://escamandro.wordpress.com/2017/09/04/xanto-cores-que-migram-a-alquimia-do-verbo-em-marcelo-reis-de-mello-por-rafael-zacca/. Acesso em: 01 maio 2020.

Downloads

Publicado

2021-08-26