A construção do “eu” na poesia de Cecília Meireles
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2021.e83870Resumo
A obra de Cecília Meireles é marcada pela presença do eu, o que fez com que alguns de seus leitores tentassem relacionar a vida dessa artista com aquilo que ela escrevia. Contudo, o eu que aparece em sua obra é fruto de seu trabalho com o discurso, já que Cecília Meireles cria vida nova a partir de sua escrita, construindo um vivido a partir de um poetado e não o contrário. O que se pretende discutir aqui, a partir da análise de alguns poemas e de algumas cartas que Cecília Meireles troca com um escritor português, é como esse eu se constrói em seu discurso poético e o quanto a autora tinha consciência desse processo discursivo.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. A potência do pensamento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
AGAMBEN, Giorgio. Categorias italianas. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.
AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
AGAMBEN, Giorgio. O aberto. Lisboa: Edições 70, 2015.
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo. Chapecó: Argos, 2010.
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Cecília. Correio da manhã, 11 de novembro de 1964.
AQUINO, Jorge de. Minha mãe Cecília Meireles. Manchete. Rio de Janeiro: 23 de janeiro de 1982.
BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral I. Campinas: Pontes Editores, 2005.
BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral II. Campinas, Pontes Editore, 2006.
BLOCH, Pedro. Pedro Bloch entrevista. Rio de Janeiro: Bloch Editores S.A., 1989.
CONDÉ, João. Arquivos implacáveis. O Cruzeiro. 31 de dezembro de 1955.
DAMASCENO, Darcy. Cecília Meireles: O mundo contemplado. Rio de Janeiro: Orfeu, 1967.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor. Lisboa: Nova Vega, 2009.
GRIECO, Agrippino. Evolução da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Ariel, Editora LTDA: 1932.
JESI, Furio. O mito. Lisboa: Editorial Presença, 1977.
MEIRELES, Cecília. História de uma letra. A manhã, 27 de dezembro de 1944.
MEIRELES, Cecília. Poesia completa. 2 Vol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
RICARDO, Cassiano. A academia e a poesia moderna. São Paulo: Revista dos tribunais, 1939.
SACHET, Celestino. A lição do poema – Cartas de Cecília Meireles a Armando Côrtes-Rodrigues. Organização e notas de Celestino Sachet. Ponta Delgada, 1998.
SECCHIN, Antonio Carlos. Escritos sobre poesia e alguma ficção. Rio de Janeiro: Eduerj, 2003.
SECCHIN, Antonio Carlos. Memórias de um leitor de poesia. Rio de Janeiro: Topbooks, 2010.
SILVEIRA, Tasso da. Definição do modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Edições Forja, 1932.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.

Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.