Esgotar o campo do possível: Pauliceia desvairada e A educação dos cinco sentidos, a pulsão do amor em dois tempos

Autores

  • Susana Celia Scramim Universidade Federal de Santa Catarina image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2023.e94688

Palavras-chave:

Mário de Andrade, Haroldo de Campos, Pauliceia Desvairada, A educação dos cinco sentidos, Poesia de vanguarda

Resumo

Este texto compara dois modos de escrita da poesia vanguardista. Aquela que foi materializada a partir da Semana de Arte Moderna como vanguarda modernista e a que se formulou a partir do concretismo. Para tal, analisa dois poemas de dois autores, Mário de Andrade e Haroldo de Campos, os quais marcaram com sua obra e com sua propedêutica os dois momentos vanguardistas: “Ode ao burguês”, publicado em Pauliceia Desvairada (1921), e “ode(explícita) em louvor à poesia no dia de são Lukács”, publicado em A educação dos cinco sentidos (1985). Mediante a análise dos poemas, compreendeu-se que os poemas operaram um trânsito entre o olhar para o Outro (o atraso, a ignorância, o medo, a mentalidade colonial na modernização do país) com o objetivo de repúdio e conquista – materializado na imagem poético-sonora ode/ódio – e a indiferença em relação ao odiado Outro que explode na violência destrutiva da imagem – ainda sonora e em eco – “são Lukács” / “são nunca”.

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Publicado

2024-03-27

Edição

Seção

Modernismo brasileiro 100 anos: crítica, heranças, perspectivas