Obscena Ercília, obscena Cláudia: um centro de consciência em desconformidade com o modernismo?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2023.e95237

Palavras-chave:

Ercília Nogueira Cobra, centro de consciência, estudos culturais, modernismo

Resumo

O presente ensaio tem por proposta realizar uma leitura da obra Virgindade Inútil: novela de uma revoltada, de Ercília Nogueira Cobra, considerando seu ethos vanguardista, tanto em termos de forma, quanto em termos temático-políticos. Para tanto, será realizada uma análise do centro de consciência da narrativa, como proposto por Kress em sua leitura das formulações de Henry James e Edith Wharton, e de seu inconsciente político, tomando por base o conceito de Fredric Jameson, considerando especialmente o que diz respeito à sexualidade feminina na primeira metade do século XX no Brasil. 

Biografia do Autor

Luana Barossi, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora adjunta de literatura na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

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Publicado

2024-04-11

Edição

Seção

Modernismo brasileiro 100 anos: crítica, heranças, perspectivas