The poetics of orphism in Cavalo Azul review
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2024.e99739Keywords:
Cavalo Azul, Dora Ferreira da Silva, OrphismAbstract
The Cavalo Azul review was edited and published by the poet Dora Ferreira da Silva between 1964 and 1989. Focusing mainly on poetry and philosophy, the publication had 12 sparse volumes and included the collaboration of various Brazilian and foreign writers, intellectuals, artists and poets. Despite this, it has not received the attention it deserves in literary and cultural studies and has remained practically on the margin of studies on Brazilian literary and cultural periodicals. In this article, based on auxiliary data about the publication, we present an interpretative line that associates Cavalo Azul with an Orphic tradition of poetry. With this reading hypothesis, we present the first results of our investigation into the poetics of Orphism in Cavalo Azul, developed from a reading of its images (Cavalo Azul, Poeta Vate, Eremita); also in view of their contrast with the supposedly dominant logic in the scenario of Brazilian literary and cultural periodicals. Finally, we raise some questions about the displacement of the Orphic tradition, and its variants, in relation, above all, to poetic modernity in Brazil, with the aim of suggesting a more complex vision of the framework of Brazilian poetry, in a broad perspective, from modernism to the 60s, 70s and 80s.
References
ABRAMS, Meyer Howard. O espelho e a lâmpada. Trad. Alzira Allegro. São Paulo: EdUnesp, 2010.
AGAMBEN, Giorgio. A loucura de Hölderlin. Trad. Wander Miranda. Belo Horizonte: yiné, 2022.
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. Trad. Selvino José Assman. São Paulo: Boitempo, 2007.
ALONSO JÚNIOR, Rafael Miguel. Conhecer, Flusser. Tese - UFSC, PPGLIT, Fpolis, 2018.
ANDRADE, Fábio de Souza. O engenheiro noturno. São Paulo: EdUSP, 1997. ANDRADE, Oswald. “A marcha das Utopias”. In: Obra incompleta.T.1. SP: EdUSP, 2021.
ANTELO, Raúl. As revistas literárias brasileiras. Boletim NELIC v. 1, n. 2, 1997. BERNABÉ, Alberto. Hieros logos. Poesía órfica sobre los dioses. Madrid: AKAL, 2003.
ANTELO, Raúl. Literatura em Revista. São Paulo: Ática, 1984.
ANTELO, Raúl. O arquivo e o presente. Gragoatá, n. 22, 2007, p. 43-61.
BENJAMIN, Walter. Capitalism as Religion. In: BULLOCK, Marcus JENNINGS, Michael. (ed.). Selected Writings. v.1, 1913-1926. London: Harvard U. Press, 1996, p. 288-292.
BENJAMIN, Walter. O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Trad. Márcio Seligmann-Silva. SP: Iluminuras, 2002.
BERARDINELLI, Alfonso. Da poesia à prosa. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
BERLIN, Isaiah. As raízes do romantismo. Trad. Isa Lando. São Paulo: Fósforo, 2022.
BORNHEIM, Gerd. Filosofia do Romantismo. In: GUINSBURG, Jacó. (org.). O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 2013, p. 75-112.
BOSI, Viviana. Poesia em risco. São Paulo: Editora 34, 2021.
BRUNEL, Pierre. Dicionário de mitos literários. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.
CAMARGO, Maria Lucia de Barros. Não há sol que sempre dure. Boletim NELIC, v. 2, n. 3, 1998.
CAMARGO, Maria Lucia de Barros. Por que ainda lemos revistas de poesia? Boletim NELIC, 13, n. 20, 2013.
CAMARGO, Maria Lucia de Barros. Sobre revistas, periódicos e qualis tais. Outra travessia, v. 40, n. 1, 2003, p. 21-36.
CAMARGO, Maria Lucia de Barros. Sobrevivências: A revista Cavalo Azul. In: SCRAMIN, Susana. (org.). Alteridades na poesia: risco, aberturas, sobrevivências. São Paulo: Iluminuras, 2016.
CAMILO, Vagner. A modernidade entre tapumes: Da poesia social à inflexão neoclássica na lírica brasileira moderna. Cotia: Ateliê Editorial, 2020.
CAMPOS, Haroldo de. “Mário Faustino ou a impaciência órfica”. In: Metalinguagem & outras metas. São Paulo: Perspectiva, 2006.
Cavalo Azul, n. 1;2;3;4;5;6;7;8;9; 10; 11/12. São Paulo: Cupolo; João Scortecci; Massao Ohno , 1964/5/9/ 1979/ 1980 / 88/ 89.
COHN, Sérgio. Revistas de Invenção: 1 ed. São Paulo: Azougue, 2011.
CURTIUS, Ernst Robert. Literatura Europeia e Idade Média Latina. Trad. Teodoro Cabral e Paulo Rónai. São Paulo: EdUSP, 2013.
DAMASCENO, Rodrigo Lobo. Contra a poesia ou voltas de um cavalo em volta da tese. Tese – FFLCH, USP.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Trad. Claudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001 [1995].
DERRIDA, Jacques. Morada : Maurice Blanchot. Trad. Silvina Rodrigues Lopes. Vendaval, 2004.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo. Belo Horizonte: UFMG, 2019.
FLUSSER, Vilém. Cavalo Azul [s.d.]. Disponível em: http://flusserbrasil.com/art188.pdf. Acesso em: 26 set. 2023.
FLUSSER, Vilém. Iconoclastia. Cavalo Azul, n. 8, 1979, p. 85-108.
FREITAS E SOUZA, Enivalda Nunes. Flores de Perséfone. Belo Horizonte: FAPEMIG, 2013.
HAMBURGUER, Michael. A verdade da poesia. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
HARTOG, François. Tempo e história. Trad. A. C. Brefe, 1996.
HÖLDERLIN, Friederich. Fragmentos de poética e estética. Trad. Ulisses Vaccari. São Paulo: EdUSP, 2020.
KESTLER, Izabela Maria Furtado. “A autonomia estética e o paradigma da antigüidade clássica no classicismo e na primeira fase do romantismo alemão.” Forum deustch. Revista Brasileira de Estudos Germânicos. v. 1, 2002.
LOBO, Luiza. Teorias poéticas do romantismo. Porto Alegre: Mercado Aberto 1987.
MARIANA, Dora. Editorial. Cavalo Azul, n. 2, 1965, p. 2.
MOURA, Murilo Marcondes de. Murilo Mendes: A poesia como totalidade. São Paulo: EdUSP, 1996.
MOUTINHO, José Geraldo Nogueira. Pius Vates. Cavalo Azul n. 3, p. 63- 67.
NUNES, Benedito. A Visão Romântica. In: GUINSBURG, J. op. cit., 2013.
PETRY, Fernando Floriani. O cão e o frasco, o perfume e a cruz. Dissertação - UFSC, PPGLIT, 2011. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95522 Acesso em: 18 abr. 2024.
PIRES, Antônio Donizetti. Orfeu sem travessa: leitura de um poema de José Paulo Paes. Signótica, v. 25, n. 1, 2013, p. 69–80.
ROQUE, Maura Voltarelli. O diálogo com o invisível na poética do entrelugar de Dora Ferreira da Silva.
Dissertação - UNICAMP, IEL. Campinas, 2014.
ROSA, João Guimarães. Duas Cartas. 19 de fev. de 1958. Cavalo Azul, n. 3., s.a. p. 31-34.
ROSENFELD, Anatol. “Aspectos do Romantismo Alemão”. Cavalo Azul, n. 1, São Paulo: Cupolo,1964, p. 3-21.
SISCAR, Marcos. Poesia e Crise. Campinas: Editora Unicamp, 2010.
STERZI, Eduardo. Invenção de Orfeu: uma epopéia moderna? Organon, 15, n. 30-31, 2012.
TRILLING, Lionel. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Lidador, 1965, p. 113-123.
VALLE, Ulisses. “A Filosofia da História de Oswald de Andrade.” Remate de males, n. 37, 2017, p. 323- 344.
VERAS, Eduardo Horta Nassif. A encenação tediosa do imortal pecado: baudelaire e o mito da queda. Tese - UFMG, 2013.
VORTRIEDE, Werner. Novalis und die franzöischen Symbolisten. Stuttgart : Kohlhamer, 1963, p. 149.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.

Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.