Estética e leitmotiv político: analisando o jovem Lukács a partir de Thomas Mann e Henrik Ibsen

Autores

  • Sandro de Mello Justo UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2017n23p255

Resumo

Pretendemos neste artigo analisar o leitmotiv político do jovem Lukács
através dos problemas centrais levantados por Thomas Mann e Henrik Ibsen
em suas obras Tönio Kroger (1903) e Quando despertarmos dentre os mortos (1899). A
justificativa deste caminho adotado dá-se pelo fato de o próprio filósofo húngaro
ter anunciado na sua maturidade que as problemáticas das referidas obras
exerceram fortes influências sobre seu estado de espírito juvenil. Cabe dizer
que neste período de juventude György Lukács caracterizou-se por uma profunda
recusa do mundo burguês traduzida numa espécie de anticapitalismo
romântico. Desta forma, compreendemos que a leitura de Mann e Ibsen pode
ser elucidativa ao entendimento das singularidades deste leitmotiv político do
jovem Lukács. O presente artigo divide-se em três momentos substanciais: no
primeiro, precedido por observações introdutórias acerca de György Lukács,
analisamos uma síntese inalcançável presente em Tönio Kroger: a síntese entre
arte e vida cotidiana. No segundo, voltamos os olhos para o fio condutor de
Quando despertarmos dentre os mortos: o conflito entre arte e vida como ilustração
de uma existência sem sentido sob o mundo burguês. E no terceiro e último
momento, analisamos o anticapitalismo romântico do jovem Lukács em diálogo
com os dramas vividos por Kroger e Rubek.

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Publicado

2017-06-26