Haxixe: um portal para o horror

Autores

  • Sebastián Torterola Antelo UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2016n22p111

Resumo

Como interpretar o que se vê em uma situação de consciência expandida?
A primeira vez que o escritor uruguaio Horacio Quiroga prova o haxixe,
a substância confronta-o com o horror e a morte. Seguindo a detalhada
descrição que o autor faz da experiência, este artigo tenta propor modos de
interpretar o material resgatado por ele de sua viagem de treze horas por uma
realidade não ordinária. O trabalho apoia-se, primeiro, nas ferramentas analíticas
oferecidas pela psicanálise, em uma tentativa de abordar a questão do
ponto de vista da fenomenologia tradicional. Depois, acompanhando certas
preocupações filosóficas que propõem a necessidade de uma nova fenomenologia,
acode-se a uma análise da perspectiva do inumano: aquilo que existe
independentemente da relação entre nós e o mundo, uma existência anônima
e inimaginável, que é acessada pelo sujeito, neste caso, por meio de um enteógeno.
Essas duas possibilidades de análise estão baseadas em premissas
de épocas distantes, mas que se interconectam no artigo para apresentar uma
interpretação contemporânea de um conto de 1900.

Biografia do Autor

Sebastián Torterola Antelo, UERJ

Possui graduação em licenciatura em Ciências da Comunicação na Universidad de la Republica Uruguay (2008). Comunicólogo com perfil de mercado internacional, com domínio profissional avançado à nível oral e escrita dos idiomas inglês e português. Tem experiencia de 4 anos no meio de comunicação global como jornalista e mais de 20 viagens de cobertura periodística ao exterior. Como tradutor, atua nos setores de entretenimento/televisão, finanças, periodismo e desenvolvimento social, entre outros. Profissional acostumado a trabalhar com recursos textuais, gráficos e audiovisuais, com o objetivo de voltar sua experiencia e conhecimento adquiridos em um projeto dinâmico de trabalho. Atualmente reside no Rio de Janeiro e encontra-se em um processo de formação alternativo e independente em Teatro do Oprimido. Faz parte do Grupo de Estudos de Teatro do Oprimido (GESTO) sediado na Unirio Praia Vermelha (RJ). Estuda a teoria e o método de Augusto Boal para desenvolver uma nova forma de educação e comunicação, alcançando uma unidade latino-americana no caminho.

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Publicado

2016-08-18