Vida e comunidade em Clube da Luta e A praia
DOI :
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2017n23p291Résumé
A partir das narrativas Clube da luta (1996) de Chuck Palahniuk e A praia(1996) de Alex Garland, o presente artigo investiga as configurações comunitárias
que essas ficções propõem na virada do milênio. Os dois livros são
o ponto de partida para analisar uma dialética da ruptura e da fundação, do
lugar e do território, mas também entre arte e vida, já que a narrativa comunitária
assombra a própria paixão pelo real (Alain Badiou, O século). É diante
dessa contradição que as leituras de Giorgio Agamben (A comunidade que vem),
Jean-Luc Nancy (A comunidade inoperante) e Massimo Cacciari (Nomes de lugar:
confim) nos permitem discutir o paradoxo da relação sujeito e comunidade. As
duas narrativas analisadas propõem um deslocamento diante do mundo em
nome de um outro lugar. Tornados território, configuram-se a partir de identidades,
Clube, ou de restrições geográficas, Praia, e passam então a encenar
exatamente as contradições que pretendiam romper. É para esse fracasso, que
não é mais o universalista, que o presente trabalho atenta.
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Publiée
2017-06-26
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