Este labirinto, o nosso amuleto: considerações sobre Julio Cortázar e Roberto Bolaño

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2020.e72581

Resumo

O conceito de labirinto é caro à literatura de Julio Cortázar, especialmente em obras como Rayuela e em contos como os reunidos em Bestiario. Como seu leitor, Roberto Bolaño por ora parece manifestar em obras como Amuleto a ressignificação dessa capacidade labiríntica, levando a literatura a outros patamares, nos quais as noções de construção e de destruição da narrativa podem ser associadas tanto à fatalidade de um abismo, quanto a um performativo que envolve o ponto de vista de quem narra. Este artigo tem por objetivo analisar como essas movimentações se dão em ambos os autores e em que medida aproximações e distanciamentos são possíveis dentro desse labirinto maior em que ambos convivem, a literatura latino-americana.

Biografia do Autor

Francielly Baliana, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada

Referências

ARRIGUCCI Jr., Davi. O Escorpião Encalacrado. A poética da destruição em Julio Cortázar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

BOLAÑO, Roberto. Amuleto. Barcelona: Vintage Español, 2017.

BOLAÑO, Roberto. Los Detectives Salvages. Barcelona: Anagrama, 2006.

CONCHA, Jaime. “Geometrias de Bolaño. Observações sobre Amuleto”. In: Leer a contraluz. Estudios de la narrativa chilena. De Blest Gana a Varas y Bolaño. Santiago de Chile: Ediciones Universidad Alberto Hurtado, 2012.

CORTÁZAR, Julio. Bestiario. Editora Nova Fronteira, 1986.

CORTÁZAR, Julio. “Para uma poética”. In: CORTÁZAR, Julio. Valise de Cronópio. São Paulo: Perspectiva, 1993.

CORTÁZAR, Julio. Rayuela. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1995.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2010.

DERRIDA, Jacques. “Uma certa possibilidade impossível de dizer o acontecimento/Une certaine possibilité impossible de dire l’événement.” Trad. EYBEN, P. In: Revista Cerrados, 2012. Disponível em: http://periodicos.unb.br/ojs248/index.php/cerrados/article/view/8242/6240. Acesso em: 10 mar. 2020.

ECO, Umberto. “Prólogo”. In: SANTARCANGELI, P. In: El libro de los laberintos: historia de un mito y de un símbolo. Madrid: Siruela, 1997.

FREUD, Sigmund. “O ‘estranho’”. In: FREUD, Sigmund. História de uma neurose infantil e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. História e narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 1994.

LÓPEZ BADANO, Cecilia. “Construcciones estéticas intertextuales: ecos postmodernos de Cortázar en tres ‘generaciones’ literarias latinoamericanas (Bolaño, Bellatín, Busqued). (Universidad Autónoma de Querétaro)”. Rev. Chasqui, noviembre de 2014.

NIETZSCHE, Friedrich. The will to power. Tradução de Walter Kaufmann e R. Hollingdale. Nova York: Vintage Books, 1968.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. Tradução de Maria Clara Correa Castello. São Paulo: Perspectiva, 1975.

VIÑAS, David. De Sarmiento a Cortázar. Buenos Aires: Ediciones Siglo Veinte, 1972.

YURKIEVICH, Saúl. Julio Cortázar: mundos y modos. Buenos Aires: Edhasa, 2004.

Downloads

Publicado

2021-04-09

Edição

Seção

Artigos