"Cuidar de preso?!": os sentidos do trabalho para agentes penitenciários
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2017v19n48p84Resumo
As problemáticas do sistema prisional brasileiro, bem como seus números deficitários são, de modo geral, velhos conhecidos da população. Nesse contexto, se destaca a figura do agente penitenciário, que mesmo sem sofrer condenação, durante a realização do seu trabalho, tem privações semelhantes às dos presos. Tomando como princípio que o trabalho é um dos principais pilares do desenvolvimento humano e está presente na vida das pessoas, conforme enfatiza Fonseca (2009) e sustentado nas abordagens do sentido do trabalho, especialmente de Morin (2001) e Morin et al (2003), este estudo objetivou identificar os sentidos do trabalho para os agentes penitenciários. Utilizando abordagem qualitativa, foram pesquisados três agentes atuantes em uma penitenciária no interior do Paraná. O levantamento de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, com roteiro embasado na literatura revisada. Após categorização e análise dos resultados, identificou-se que o principal sentido do trabalho para os agentes penitenciários é a remuneração e a estabilidade que o serviço público proporciona, e que a família é a esfera mais central no suporte à sociabilidade dos entrevistados. Todavia, os discursos dos pesquisados apontaram que estes têm uma visão negativa do trabalho, principalmente devido à insegurança e ao medo que sentem exercendo a profissão de agente penitenciário e as condições de trabalho insalubre.Downloads
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