"Cuidar de preso?!": os sentidos do trabalho para agentes penitenciários

Autores/as

  • Kelen Cristina de Lara Siqueira Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).
  • Jéssica Martins da Silva Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).
  • Juliane Sachser Angnes Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2017v19n48p84

Resumen

As problemáticas do sistema prisional brasileiro, bem como seus números deficitários são, de modo geral, velhos conhecidos da população. Nesse contexto, se destaca a figura do agente penitenciário, que mesmo sem sofrer condenação, durante a realização do seu trabalho, tem privações semelhantes às dos presos. Tomando como princípio que o trabalho é um dos principais pilares do desenvolvimento humano e está presente na vida das pessoas, conforme enfatiza Fonseca (2009) e sustentado nas abordagens do sentido do trabalho, especialmente de Morin (2001) e Morin et al (2003), este estudo objetivou identificar os sentidos do trabalho para os agentes penitenciários. Utilizando abordagem qualitativa, foram pesquisados três agentes atuantes em uma penitenciária no interior do Paraná. O levantamento de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, com roteiro embasado na literatura revisada. Após categorização e análise dos resultados, identificou-se que o principal sentido do trabalho para os agentes penitenciários é a remuneração e a estabilidade que o serviço público proporciona, e que a família é a esfera mais central no suporte à sociabilidade dos entrevistados. Todavia, os discursos dos pesquisados apontaram que estes têm uma visão negativa do trabalho, principalmente devido à insegurança e ao medo que sentem exercendo a profissão de agente penitenciário e as condições de trabalho insalubre.

Biografía del autor/a

Kelen Cristina de Lara Siqueira, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).

Graduação em Administração pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2009) . Mestranda do Curso Profissional em Administração, na Universidade Estadual do Centro-Oeste.

Jéssica Martins da Silva, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).

Graduada em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão Econômica e Financeira pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. Mestranda do Curso Profissional em Administração, na Universidade Estadual do Centro-Oeste.

Juliane Sachser Angnes, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).

Graduada em Secretariado Executivo Bilíngue pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Também graduada em Letras - Português/Inglês pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Especialista em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Mestre em Letras - Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), linha de Cognição, Desenvolvimento Humano e Aprendizagem. Realizou estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Grupo de Pesquisas em Estudos Organizacionais. É professora da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) vinculada ao Departamento de Secretariado Executivo e ao Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado Profissional). Tem experiência na docência e pesquisa nas áreas de Educação e Administração, atuando principalmente nas seguintes áreas temáticas: comunicação organizacional; redes solidárias; economia do bem-estar social; gestão escolar; planejamento e organização de eventos; cerimonial e protocolo; etiqueta social e comportamental; redação técnica oficial e empresarial; responsabilidade social; pesquisa qualitativa em Ciências Sociais Aplicadas. É Revisora Técnica de Linguagem da Revista Capital Científico - Eletrônica (RCCe).

Publicado

2017-08-30

Cómo citar

Siqueira, K. C. de L., Silva, J. M. da, & Angnes, J. S. (2017). "Cuidar de preso?!": os sentidos do trabalho para agentes penitenciários. Revista De Ciencias De La Administración, 19(48), 84–95. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2017v19n48p84

Número

Sección

Articulos