Os antecedentes da cocriação de valor em programas de incentivo ao sexo seguro: contribuições da Lógica Dominada por Serviço ao Marketing Social
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019.e51291Resumo
Neste trabalho aborda-se a utilidade da Lógica Dominada por Serviço (LUSCH; VARGO, 2014), para o entendimento de fenômenos do Marketing Social, com ênfase na cocriação de valor pelo beneficiário de programas sociais voltados para a adoção do sexo seguro. Após pesquisa bibliográfica sobre o tema, elaborou-se modelo hierárquico contendo os constructos que envolvem a cocriação de valor e seus potenciais antecedentes. A partir do modelo foi criado o questionário, que foi aplicado a estudantes universitários na cidade de Teófilo Otoni-MG. Os resultados, obtidos por meio de Modelagem de Equações Estruturais, mostram que o constructo nível de atividades tem como antecedente o traço elementar abertura a experiências, enquanto que o constructo número de interações é explicado pelos traços elementares abertura a experiência, neuroticismo e necessidade de recursos materiais (negativamente).Referências
AKAKA, M. A.; PARRY, G. Value-in-Context: An Exploration of the Context of Value and the Value of Context. In: MAGLIO, P. P. et al. (Org.). . Handbook of Service Science. Switzerland: Springer Nature, 2019. v. II.
AKAKA, M. A. et al. The role of symbols in value cocreation. Marketing Theory, v. 14, n. 3, p. 311–326, 1 set. 2014.
ANDREASEN, A. R. Marketing Social Marketing in the Social Change Marketplace. Journal of Public Policy & Marketing, v. 21, n. 1, p. 3–13, 2002.
ANDREASEN, A. R. Social Marketing: Its definition and Domain. Journal of Public Policy & Marketing, v. 13, n. 01, 1994.
BARON, S. et al. Service-dominant logic: marketing research implications and opportunities. Journal of Consumer Behavior, v. 9, n. 3, p. 253–264, 2010.
BEALL, T. et al. Social marketing at a critical turning point. Journal of Social Marketing, v. 2, n. 2, p. 103–117, 2012.
BETTENCOURT, L. A.; LUSCH, R. F.; VARGO, S. L. A service lens on value creation: marketing´s role in achieving strategic advantage. California Management Review, v. 57, n. 1, p. 44–66, 2014.
BRAMBILLA, F. R.; DAMACENA, C. Estudo etnometodológico da cocriação de valor no ensino superior privado de administração com base na lógica dominante do serviço em marketing. Revista Brasileira de Marketing, v. 11, n. 3, p. 124–153, 2012.
BRODIE, R. J.; SAREN, M.; PELS, J. Theorizing about the service dominant logic: The bridging role of middle range theory. Marketing Theory, v. 11, n. 1, p. 75–91, 2011.
CALERO-GIMENO, R.; GALLARZA-GRANIZO, M. G. Aplicabilidad del Service-Dominant Logic al ámbito sanitario: caracterizando el servicio para la co-creación de valor. Rev. Gerenc. Polít. Salud, v. 14, n. 29, p. 179–192, 2015.
DESAI, D. Role of Relationship Management and Value Co-Creation in Social Marketing. Social Marketing Quarterly, v. XV, n. 4, p. 112–125, 2009.
FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating Structural Equations Models with Unobservable Variables and Measurement Errors. Journal of Marketing Research, v. 18, n. 1, p. 39–50, 1981.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
GORDON, R. Re-thinking and re-tooling the social marketing mix. Australasian Marketing Journal, v. 20, n. 2, p. 122–126, 2012.
HAIR JUNIOR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HIETANEN, J.; ANDÉHN, M.; BRADSHAW, A. Against the implicit politics of service-dominant logic. Marketing Theory, v. 18, n. 1, p. 101–119, 2018.
HUNT, S. Foundations of Marketing Theory: toward a general theory of marketing. new york: M. E. Sharpe, 2002.
KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling. 3. ed. New York: The Guilford Press, 2011.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing para o Século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Pearson, 2012.
LEVITT, T. A imaginação de Marketing. São Paulo: Atlas, 1985.
LUCA, N. R.; HIBBERT, S.; MCDONALD, R. Towards a service dominant approach to social marketing. Marketing Theory, p. 1–25, 2015.
LUSCH, R. F.; VARGO, S. L. The Service-dominant Logic of Marketing: Dialog, Debate, and Directions. [S.l.]: M.E. Sharpe, 2006.
LUSCH, R. L.; VARGO, S. L. Service-Dominant Logic: premises, perspectives, possibilities. Cambridge: Cambridge University Press, 2014.
MCCOLL-KENNEDY, J. R. et al. Health Care Costumer Value Cocreation Practice Styles. Journal of Service Research, v. 15, n. 4, p. 370–389, 2012.
MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
MOWEN, J. C. The 3M model of motivation and personality: theory and empirical applications to consumer behavior. New York: Springer Science+Business Media, 2000.
NEGHINA, C. et al. Value cocreation in service interactions: Dimensions and antecedents. Marketing Theory, v. 15, n. 2, p. 221–242, 2015.
NETEMEYER, R. G.; BEARDEN, W. O.; SHARMA, S. Scaling procedures: Issues and applications. [S.l.]: Sage Publications, 2003.
PARSONS, E.; MACLARAN, P. Contemporary Issues in Marketing and Consumer Behaviour. Oxford: Elsevier, 2009.
PAYNE, A. F.; STORBACKA, K.; FROW, P. Managing the co-creation of value. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 36, p. 83–96, 2008.
PEATTIE, S.; PEATTIE, K. Ready to fly solo? Reducing social marketing´s dependence on commercial marketing theory. Marketing Theory, v. 3, n. 3, p. 365–385, 2003.
PETERS, L. D. et al. Theorizing about resource integration through service-dominant logic. Marketing Theory, v. 14, n. 3, p. 249–268, 1 set. 2014.
POHLMANN, A.; KAARTEMO, V. Research trajectories of Service-Dominant Logic: Emergent themes of a unifying paradigm in business and management. Industrial Marketing Management, v. 63, p. 53–68, 2017.
PRAHALAD, C. K.; RAMASWAMY, V. Co-creation experiences: the next practice in value creation. Journal of Interactive Marketing, v. 18, n. 3, 2004.
RUSSELL-BENNETT, R.; PREVITE, J.; ZAINUDDIN, N. Conceptualising value creation for social change management. Australasian Marketing Journal, v. 17, n. 4, p. 211–218, 2009.
SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. Métodos de pesquisa nas relações sociais. 11. ed. São Paulo: EPU, 1987. v. II.
TUKEY, J. W. Exploratory data analysis. [S.l.]: Addison-Wesley, 1977.
VARGO, S. L.; LUSCH, R. F. Institutions and axioms: an extension and update of service-dominant logic. Journal of the Academy Marketing Science, 00054, v. 44, p. 5–23, 2016.
VARGO, S. L.; LUSCH, R. F. Service-dominant logic 2025. International Journal of Research in Marketing, v. 34, p. 45–67, 2017.
VEIGA, R. T. Fundamentos da Lógica Dominada pelo Serviço. . [S.l.]: Belo Horizonte: UFMG. , mimeo 2014
VERGARA, S. C. Métodos de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2005.
YI, Y.; GONG, T. Customer value co-creation behavior: Scale development and validation. Journal of Business Research, v. 66, p. 1279–1284, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. RCA reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista RCA passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Os autores cedem à RCA os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Esta licença permite que qualquer usuário tenha direito de:
Compartilhar – copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado (citar e referenciar), prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante apoiar você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.