As similaridades estruturais decorrentes dos efeitos do isomorfismo mimético nos programas de Pós-Graduação em Administração
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2020.e65268Resumen
Este estudo teve como objetivo identificar a presença de isomorfismo mimético a partir das semelhanças estruturais dos currículos dos Programas de Pós-Graduação em Administração-PPGA, e se o mimetismo contribui para um desempenho semelhante no ranking da CAPES. Metodologicamente, utilizou-se estatística descritiva e análise de agrupamento com a técnica de Co-plot como procedimento de apresentação e análise de dados. Como resultado, identificamos quatro grupos de PPGAs e a similaridade estrutural entre eles. Percebemos também que a formação de clusters, a identificação de um alto nível de similaridade entre os programas e a aceitação parcial de pertencer a determinado grupo podem se refletir no desempenho do PPGP. Conclui-se que a postura diferenciada de cada grupo observado de cada grupo isomórfico não significa desempenho semelhante a todos os componentes. Portanto, argumentamos que não é evidente obter os mesmos resultados do espelhamento de estruturas e procedimentos das organizações de referência.
Citas
ALMEIDA, K. K. N. DE; CALLADO, A. L. C. Indicadores de desempenho ambiental e social de empresas do setor de energia elétrica brasileiro: uma análise realizada a partir da ótica da Teoria Institucional. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, v.7, n. 1, p. 222-239, 2017.
APPOLD, S. Location patterns of US industrial research: Mimetic isomorphism and the emergence of geographic charisma. Regional studies, v. 39, n. 1, p.17-39, 2005.
BACKES, D.; SERRA, F.; ZAROUR NETO, F. Identifying structural similarities between stricto sensu post-graduation programs in management regarding the strategy tripod. REGE Revista de Gestão. v. 25, n. 3 (Oct. 2018), p. 303-320, 2018. DOI:https://doi.org/10.1108/REGE-05-2018-0071.
BENDERS, J.; BATENBURG, R.; VAN DER BLONK, H. Sticking to standards; technical and other isomorphic pressures in deploying ERP-systems. Information & Management, v.43, n. 2, p. 194-203, 2006.
BROUTHERS, L. E.; O'DONNELL, E.; HADJIMARCOU, J. Generic product strategies for emerging market exports into triad nation markets: A mimetic isomorphism approach. Journal of Management Studies, v. 42, n.1, p. 225-245, 2005.
BURNS, L. R.; WHOLEY, D. R. Adoption and abandonment of matrix management programs: Effects of organizational characteristics and interorganizational networks. Academy of management journal, v.36, n.1, p.106-138, 1993.
CAPES. História e missão. 17 Junho 2008. Recuperado em 21 fevereiro, 2018, de http://www.capes.gov.br/historia-e-missao
CAPES. Sobre avaliação de cursos. Recuperado em 09 Julho, 2017, de http://www.capes.gov.br/acessoainformacao/perguntas-frequentes/avaliacao-da-pos-graduacao/7421,-sobre-avaliacao-de-cursos. 2015.
CAPES. Orientações para apcn–2016. Recuperado em 20 Julho, 2017, de https://www.capes.gov.br/images/documentos/Criterios_apcn_2016/Criterios_APCN_Administracao.pdf
CAPES. Portaria Nº 59, de 21 de março de 2017. Regulamento da Avaliação Quadrienal. Recuperado em 19 Junho, 2017, de http://capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/27032017-Portaria-59-21-03-2017-Regulamento-da-Avaliacao-Quadrienal.pdf
CAPES. Coleta Capes – Disciplinas. Recuperado em 19 Fevereiro, 2017a, de https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/disciplina/listaDisciplina.jsf;jsessionid=VyKGEDdY9EGrj5vgsYcydDsS.sucupira-203.
CATTANEO, M.; MEOLI, M.; SIGNORI, A. Performance-based funding and university research productivity: The moderating effect of university legitimacy. The Journal of Technology Transfer, v.41, n. 1, p. 85-104, 2014.
CHANLAT, J. F. L’analyse Sociologique des Organisations: un Regard sur la Production Anglo-saxonne Contemporaine (1970-1988), Sociologie du Travail, v.3, 1989.
CROUCHER, G.; WOELERT, P. Institutional isomorphism and the creation of the unified national system of higher education in Australia: An empirical analysis. Higher Education, v.71, n. 4, p. 439-453, 2016.
CRUBELLATE, J. M.; PASCUCCI, L.; GRAVE, P. S. Visão baseada em recursos legítimos: recursos e padrões institucionais na formulação de estratégias em organizações. 3ES, 2º Encontro de Estudos em Estratégia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 08 a 10 de junho de 2005.
DACIN, M. Isomorphism in context: the power and prescription of institutional norms. Academy of Management Journal, v. 40, p.1, p. 46-81, 1997.
DALE, R. Globalização e educação: demonstrando a existência de uma" cultura educacional mundial comum. Educação & sociedade, v. 25, n. 87, p. 2004.
DARUS, F.; HAMZAH, E. A. C. K.; YUSOFF, H. CSR web reporting: The influence of ownership structure and mimetic isomorphism. Procedia Economics and Finance, v. 7, p. 236-242, 2013.
DA SILVA JUNIOR, A.; POLIZEL, C. E. G.; DE SOUZA, S.; DA SILVA, A. R. L.; DA SILVA, P. D. O. M.; SOUZA, S. P. Políticas públicas para a educação superior: a avaliação, a regulação e a supervisão de IES privadas em debate. Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v.22, n. 82, p. 215-240, 2014.
DEEPHOUSE, D. Does Isomorphism Legitimate? The Academy of Management Journal, v.39, n. 4, p.1024-1039, 1996. Retrieved from http://www.jstor.org/stable/256722
DIAS SOBRINHO, J. Avaliação da educação superior regulação e emancipação. Avaliação, v.8, n. 2, p.31- 47, 2003.
DIMAGGIO, P.; POWELL, W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociologic Review, v. 48, p. 2, p.147-160, 1983.
DOS SANTOS, A. L. F.; DE AZEVEDO, J. M. L. A pós-graduação no Brasil, a pesquisa em educação e os estudos sobre a política educacional: os contornos da constituição de um campo acadêmico. Revista Brasileira de Educação, v.14, n. 42, p. 534-550, 2009.
FIGUEIREDO FILHO, D. B.; JUNIOR, J. A. S. Desvendando os Mistérios do Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Revista Política Hoje-ISSN: 0104-7094, v.18, n,1, 2010.
FREITAS, Á.; OLIVEIRA, A. R. D.; CUNHA, N. R. D. S.; EMMENDOERFER, M. L. Mecanismos e obstáculos à institucionalização de políticas de desenvolvimento de pessoas em Instituição Federal de Ensino Superior. 2016.
FRUMKIN, P.; GALASKIEWICZ, J. Institutional isomorphism and public sector organizations. Journal of public administration research and theory, v.14, n. 3, p.283-307, 2004.
GILADI R.; SPECTOR Y.; RAVEH A. Multidimensional scaling: an analysis of 1980–1990 computers. Eur J Op Res, n. 952, p. 439–450, 1996.
GIMENEZ, F. A. P.; JÚNIOR, P. H.; GRAVE, P. S. Isomorfismo mimético em estratégia: uma ferramenta para investigação. Revista de Administração Mackenzie (Mackenzie Management Review), v.8, n. 4, 2008.
HAMMARFELT, B.; FREDRIK, A. The multi-layered and multilevel use of bibliometric measures in Swedish universities: Isomorphism, translation and strategic choice. In The 20th International Conference on Science and Technology Indicators, Lugano, 2-4 September, 2015.
HAN, S. K. Mimetic isomorphism and its effect on the audit services market. Social Forces, v.73, n. 2, p. 637-664, 1994.
HAVEMAN, H. A. Follow the leader: Mimetic isomorphism and entry into new markets. Administrative science quarterly, p. 593-627, 1993.
KNOKE, D. The spread of municipal reform: Temporal, spatial, and social dynamics. American Journal of Sociology, v. 87, n. 6, p. 1314-1339, 1982.
JARVIS, D. S. Policy transfer, neo-liberalism or coercive institutional isomorphism? Explaining the emergence of a regulatory regime for quality assurance in the Hong Kong higher education sector. Policy and Society, v.33, n. 3, p. 237-252, 2014.
LANGRAFE, B.; DA SILVA, S. Grupos Estratégicos: um estudo dos cursos de graduação em Administração na cidade de São Paulo. RIAE. Revista Ibero-Americana de Estratégia. v. 8 n.1, p.78-101, 2009.
MACCARI, E. A.; LIMA, M. C.; RICCIO, E. L. Uso do sistema de avaliação da CAPES por programas de pós-graduação em Administração no Brasil. Revista de Ciências da Administração, v.11, n.25, p.68, 2009
MACCARI, E. A.; DE ALMEIDA, M. I. R.; RICCIO, E. L.; ALEJANDRO, T. B. Proposta de um modelo de gestão de programas de pós-graduação na área de Administração a partir dos sistemas de avaliação do Brasil (CAPES) e dos Estados Unidos (AACSB). Revista de Administração, v.49, n. 2, p. 280-290, 2014.
MARTÍNEZ-FERRERO, J., & GARCÍA-SÁNCHEZ, I. M. Coercive, normative and mimetic isomorphism as determinants of the voluntary assurance of sustainability reports. International Business Review, v. 26, n.1, p. 102-118, 2017.
MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutionalized organizations: Formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v.83, n. 2, p. 340-363, 1977.
MINDALI, O.; RAVEH A.; SALOMON, I. Urban density and energy consumption: a new look at old statistics. Transport. Res. v. 38, p.143–162, 2004.
MOROSINI, M. C. Qualidade da educação universitária: isomorfismo, diversidade e eqüidade. Interface comun. saúde educ, v.5, n.9, p. 89-102, 2001.
MURTEIRA, B. J. F. Estatística descritiva-análise exploratória de dados. 1993.
NASCIMENTO, L. F. Modelo Capes de avaliação: quais as consequências para o triênio 2010-2012? Administração: Ensino e Pesquisa, v. 11, n.4, p. 579-600, 2010.
OLIVER, C. Sustainable competitive advantage: combining institutional and resource‐based views. Strategic management journal, v.18, n.9, p. 697-713, 1997.
PECI, A. A nova teoria institucional em estudos organizacionais: uma abordagem crítica. Cadernos Ebape. br, v.4, n.1, p.1-12, 2006.
PEDERSEN, E. R. G.; NEERGAARD, P.; PEDERSEN, J. T.; GWOZDZ, W. Conformance and deviance: Company responses to institutional pressures for corporate social responsibility reporting. Business Strategy and the Environment, v. 22, n. 6, p. 357-373. 2013.
PESTANA, M. H.; GAGEIRO, J. N. Análise de dados para ciências sociais: a complementaridade do SPSS, 2003.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, mai./jun., p. 79-91. 1990.
QUIVY, R.; VAN CAMPENHOUDT, L. Manual de investigação em ciências sociais. 1998.
RAVEH A. Co-Plot: a graphic display method for geometrical representations of MCDM. Eur. J Opl. Res. v.125, n.3, p. 670–678, 2000.
ROSSETTO, C. R.; ROSSETTO, A. M. Teoria institucional e dependência de recursos na adaptação organizacional: uma visão complementar. RAE-eletrônica, v.4, n.1, p.1-22. 2005.
ROSSONI, E. P.; DE SÃO PEDRO FILHO, F. Riscos do isomorfismo mimético, a consciência crítica e o comprometimento ético de docentes e pesquisadores. InterSciencePlace, v.1, n.18, p. 2015.
SAVITRI, R. A.; FANANI, Z. The Institutionalization of Accrual Accounting: The Perspective of New Institutional Sociology Theory. Jurnal Dinamika Akuntansi, v.9, n. 2, p.100-109, 2017.
SCAFUTO, I. C. O efeito das pressões isomórficas sobre as escolas de negócio no Ranking América Economia. Tese (Doutorado em Administração), Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, São Paulo, Brasil. 165 f. 2017.
SCAFUTO, I. C.; BACKES, D.; MACCARI, E. Grupos estratégicos isomórficos: um estudo no ranking da América Economia. Revista de Ciências da Administração, v.19, n. 48, p. 136-149, 2017.
SEGEV, E.; RAVEH, A.; FARJOUN, M. Conceptual maps of the leading MBA programs in the United States: core courses, concentration areas, and the ranking of the school. Strategic Management. v. 20, n. 6, p. 549–565, 1999.
SGUISSARDI, V. A avaliação defensiva no “modelo CAPES de avaliação": É possível conciliar avaliação educativa com processos de regulação e controle do Estado? Perspectiva, v.24, n.1, p.49-88, 2006.
SPAGNOLO, F.; CALHAU, M. G. Observadores internacionais avaliam a avaliação da CAPES. Infocapes–Boletim Informativo da CAPES, v.10, n.1, p.7-34, 2002.
TALBY, D.; FEITELSON, G.; RAVEH A. A co-plot analysis of logs and models of parallel workloads. ACM Trans. on Modeling & Comput. Simulation (TOMACS). 2007.
TINGLING, P.; PARENT, M. Mimetic Isomorphism and TechnologyEvaluation: Does Imitation TranscendJudgment?. Journal of the Association for Information Systems, v.3, n. 1, p. 5- 24, 2002.
TOLBERT, P. S.; ZUCKER, L. G. Institutional sources of change in the formal structure of organizations: The diffusion of civil service reform, 1880-1935. Administrative science quarterly, p.22-39, 1983.
YANG, M.; HYLAND, M. Similarity in cross-border mergers and acquisitions: Imitation, uncertainty and experience among Chinese firms, 1985–2006. Journal of International Management, v.18, n. 4, p. 352-365, 2012.
WEBER, Y.; SHENKAR, O.; RAVEH, A. National and corporate cultural fit in mergers/acquisitions: an exploratory study. Mngt Sci, v. 42, n. 8, p.1215–1227, 1996.
VOLPATO, G. L.; FREITAS, E. G. D. Challenge in scientific publication. Pesquisa Odontológica Brasileira, v.17, p. 49-56, 2003.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor deberá garantizar:
- que exista pleno consenso entre todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su envío para publicación.
que su trabajo es original, y si se utilizó trabajo y/o palabras de otras personas, estos fueron debidamente reconocidos.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. RCA se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método de detección de plagio.
Todos los envíos recibidos para evaluación en la revista RCA pasan por la identificación de plagio y autoplagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará lugar al archivo del envío. Si se identifica plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor Jefe realizará una investigación preliminar y, de ser necesario, se retractará.
Los autores otorgan a RCA los derechos exclusivos de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.

Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional, en un sitio web personal, publicación de una traducción o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Esta licencia permite a cualquier usuario tener derecho a:
Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adapte: remezcle, transforme y cree a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Bajo los siguientes términos:
Atribución: debe dar el crédito apropiado (citar y hacer referencia), proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros hacer algo que la licencia permite.