Indicadores participativos de saúde mental do grupo fisioterapêutico em uma comunidade na floresta Atlântica do Brasil

Resumo

Objetivo: relatar indicadores participativos de saúde mental do grupo fisioterapêutico em uma comunidade na Floresta Atlântica do Brasil. Metodologia: Atividade educativa e participativa de investigação e ação social com oficinas de educação e questionários. Amostra: moradores no entorno da Microbacia do Rio Sagrado, em Morretes, PR, Brasil. O local possui características rurais e pertence a Área de Preservação Ambiental (APA) de Guaratuba. A experiência fez parte da coleta de dados, entre agosto e dezembro de 2014, da pesquisa “Promoção de Saúde e Qualidade de Vida para o Desenvolvimento Territorial Sustentável, baseado nos critérios públicos Città’slow.” Composta por 56 pessoas, sendo: agricultores (61%), aposentados (2%), comerciantes (7%), donas de casa e agentes comunitárias de saúde (9%). Dores crônicas musculares na cintura escapular e ao longo da coluna vertebral; estados depressivos e ansiosos, eram as principais queixas. Foram desenvolvidas dinâmicas de acolhimento, exercícios psicomotores e posturais, rodas de conversa sobre relações entre saúde, cultura local e meio ambiente. Aconteceu uma vez ao mês. Resultados: São indicadores de saúde mental: a participação dos membros do grupo na escolha dos exercícios; a valorização da diversidade cultural e ambiental; relacionar-se com as pessoas; a identidade de cada membro do grupo sendo preservada e a solidariedade. Todas as pessoas da amostra referiram diminuição das dores crônicas e diminuição dos estados de ansiedade e depressão. Conclusão: Os indicadores de saúde mental mapeados nesse estudo, ampliam as possibilidades de promoção das humanidades no grupo fisioterapêutico, pois interferem na subjetividade e inter-subjetividade das pessoas, contribuindo para o desenvolvimento humano.