Compreensões e expectativas de educadores sobre saúde mental de crianças e adolescentes
Main Article Content
Abstract
Considerando a relevância da ação intersetorial e da capacidade da escola em (re)produzir discursos patologizantes, mas também em fornecer elementos para o exercício de cidadania dos diferentes sujeitos nela inseridos; o presente estudo teve como objetivo identificar quais percepções os educadores têm a respeito da saúde mental de crianças e adolescentes, das famílias destas e do acompanhamento realizado pelos serviços de saúde mental da Rede de Atenção Psicossocial. Participaram do estudo, de abordagem qualitativa de desenho pesquisa-ação, direção, coordenação e professoras de sala de recursos de 16 escolas em município localizado no interior do Estado de São Paulo. As entrevistas realizadas e as narrativas depreendidas indicaram que as escolas têm buscado construir entendimentos mais complexos sobre as experiências de sofrimento psíquico, ainda que se mantenham em contraposição, a hegemonia do discurso sobre norma/desvio, a culpabilização das famílias e a atribuição do papel da saúde na construção de respostas para os problemas que se afirmam no cotidiano escolar. Discute-se que ausência de políticas, programas e outros apoios que sejam mesmo do campo da educação deslocam ou ainda, inibem o reconhecimento das potências deste setor para um trabalho de inclusão com esta população.
Article Details
As the article is approved for publication, authors must sign a copy of the manuscript to the Revista, whereby the author transfers all the copyright of the article to the Revista Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, and any reproduction, total or Partial, in any medium of publicity, printed or electronic, without the previous and necessary authorization being requested and, if obtained, will record the competent registration and thanks to the Journal - CBSM.