La sensación de realidad: el eclecticismo jurídico-penal en Brasil entre finales del siglo XIX y comienzos del siglo XX

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1806-5023.2025.e108857

Palabras clave:

Eclecticismo, Estilo de pensar, Pensamientos criminológicos

Resumen

Este artículo, parte de una investigación más amplia sobre pensamientos criminológicos, examina la influencia del eclecticismo entre intelectuales vinculados a las dos facultades de Derecho del país entre finales del siglo XIX y comienzos del XX, especialmente entre aquellos que se dedicaron a la “cuestión criminal”. Dicho eclecticismo no se reducía a una mera mezcla de ideas dispares, sino que representaba, en Brasil, un estilo de pensar simultáneamente nacional y clasista. Por ello, constituyó un tipo de “conciencia suave” frente a los principales problemas y contradicciones de la formación brasileña. El estudio se basa en una amplia documentación, pero se centra principalmente en dos autores ejemplares: Tobias Barreto y João Vieira de Araújo. La crítica documental se llevó a cabo a partir del concepto de estilo de pensar, entendido como un modo de razonamiento influenciado simultáneamente por la clase social y por la nación a la que pertenece el autor. Se trata de un enfoque inédito para reflexionar sobre el tema y sobre los autores seleccionados. Los resultados de la investigación muestran que el eclecticismo fue la forma mediante la cual la intelectualidad brasileña encontró, entre finales del siglo XIX y comienzos del XX, una manera de afrontar las enormes disparidades de la formación nacional y de buscar un camino pacificado para dichas divergencias; es decir, constituyó una forma mitigada de conciencia frente a los problemas nacionales, con origen en las clases conservadoras del país. 

Biografía del autor/a

Adalmir Leonidio, Universidade de São Paulo

Professor Associado de História do Departamento de Economia e Sociologia da ESALQ\USP

Citas

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

AGUIAR, João José Ferreira de. Memória história do ano de 1870. Recife: Faculdade de Direito de Recife, 1871.

ALVAREZ, Marcos César, Do bacharelismo liberal à criminologia no Brasil, In Revista USP, São Paulo, n. 101, p. 11-26, mar/abr 2014.

ARAÚJO, João Vieira de. Memória histórico-acadêmica do ano de 1879. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1880.

ARAÚJO, João Vieira de. Ensaio de direito penal. Recife: Typ. do Jornal do Recife, 1881.

ARAÚJO, João Vieira de. O Código Penal. Interpretado segundo as fontes, a doutrina e a jurisprudência e com referências aos projetos de sua revisão. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.

BARRETO, Tobias. Memória histórico-acadêmica do ano de 1883. Recife: Faculdade de Direito de Recife, 1884.

BARRETO, Tobias. Estudos de direito. Publicação póstuma dirigida por Sylvio Romero. Rio de Janeiro: Laemmert, 1892.

BARRETO, Tobias. Ensaios e estudos de filosofia e crítica. Recife: José Nogueira de Souza, 1889, 2ª edição.

BELFORT, José Joaquim Tavares. Memória histórico-acadêmica do ano de 1873. Recife: Faculdade de Direito de Recife, 1874.

BEVILAQUA, Clóvis. História da Faculdade de Direito do Recife. Recife: UFPE, 2012.

CABANIS, P. J. G. Rapports du physique et du moral de l’homme. Paris: Baillière, 1844, huitième édition.

CAMARA, Phaelante da. Memória histórica do ano de 1903. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1904.

CÂNDIDO, Antônio. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1987.

CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem/Teatro de sombras. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2007.

CASTRO, Paulo Pereira de. Política e administração de 1840-1848 In HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira, tomo 2, v. 2. São Paulo: DIFEL, 1972.

COSTA e SILVA, Antonio José da. Código Penal dos Estados Unidos do Brasil comentado. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1930.

ELIAS, Norbert. Os alemães. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador, v. 1. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

FEBVRE, Lucien. Le problème de l’incroyance au XVIe siècle. Paris: Editions Albin Michel, 1988.

FERRAZ, Paula Ribeiro. A cultura política da conciliação, In Anais do V Encontro Internacional de História UFES/Paris-Est. Vitória: UFES, 2015.

GOLDMANN, Lucien. Origem da dialética. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

GOLDMANN, Lucien. Dialética e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HESSEN, J. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. Vol. 7. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

IGLESIAS, Francisco. Vida política, 1848-1866. In HOLANDA, Sérgio Buarque de (org.). História Geral da Civilização Brasileira, v. 5. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

JANOTTI, Aldo. Origens da universidade. São Paulo: Edusp, 1992.

MANNHEIM, Karl. Ideologia e utopia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

MIRANDA, Pontes de. These apresentada à Faculdade de Direito do Recife para concurso em junho de 1895. Recife: A Província, 1895.

NOGUEIRA, Octaciano. Constituições brasileiras 1: 1824. Brasília: Senado Federal, 2012.

PAIM, Antônio. História das ideias filosóficas no Brasil. São Paulo: Grijalbo, 1967.

PIMENTA, Paulo. Formação da nação brasileira. São Paulo: Contexto, 2025.

PINTO JUNIOR, João José. Memória histórico-acadêmica do ano de 1876. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1877.

PORTELA JUNIOR, Manoel do Nascimento Machado. Memória histórica do ano de 1891. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1892.

RODRIGUES, Antônio Coelho. Memória histórica de 1875. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1876.

RODRIGUES, Antonio Coelho. Memória histórico-acadêmica do ano de 1878. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1879.

ROSAS, Tito dos Passos de Almeida. Memória histórica do ano de 1896. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1897

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SOARES, Oscar de Macedo. Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil. Sétima edição correta e consideravelmente aumentada, contendo em apêndice a legislação criminal publicada até a presente data. Rio de Janeiro: Garnier, 1910.

SONTAG, Ricardo. Código criminológico? Ciência jurídica e codificação penal no Brasil (1888-1899). Rio de Janeiro: Revan, 2014.

SILVA, João Thomé da. Memória histórico-acadêmica do ano de 1871. Recife: Faculdade de Direito do Recife, 1872.

TERRA, Ricardo Ribeiro, “Humboldt e a formação do modelo de universidade e pesquisa alemã”, In Cadernos de Filosofia Alemã, v. 24, n. 1, já./jun. 2019.

TINÔCO, Antônio Luiz Ferreira. Código Criminal do Império do Brazil. Rio de Janeiro: Imprensa Industrial, 1886.

TRACY, Destut de. Élémens d’idéologie. Paris: Imprimeur-Librairie, 1817, troisième édition.

WINOCK, Michel. As vozes da liberdade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

Publicado

2025-11-26

Número

Sección

Artigo