Race, interbreeding and socio-racial designations in the novel O mulato by Aluísio Azevedo (1850-1881)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2019v26n41p149

Abstract

The article proposes a historical reading of the novel O mulato (1881) by Aluísio Azevedo. The methodology adopted is contextualism: we analyze the first edition of the novel in the midst of the context of discussions between the newspapers O Pensador and Civilização from Maranhão, respectively, press organs of the intellectual circle of Aluísio and the local clergy. We sought to demonstrate that Aluísio used allegories and memorial-historiographical representations to construct the socio-racial semantics of the novel and dialogued with the intellectuals of his time, positioning himself against the theses of racial degeneration of the mestizos and favorably towards the ideology of racial whiteness.

Author Biography

Daniel Precioso, Universidade Estadual de Goiás

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Professor efetivo do curso de História da Universidade Estadual de Goiás

References

ALBUQUERQUE, Wlamyra. A vala comum da “raça emancipada”: abolição e racialização no Brasil, breve comentário. História Social, n. 19, p. 91-108, 2010.

ALONSO, Angela. Ideias em movimento: a geração de 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. Guerra e paz: Casa-Grande & Senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.

AZEVEDO, Aluísio. O mulato. São Paulo: Martins; Brasília: INL, 1975.

AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. A recusa da “raça”: anti-racismo e cidadania no Brasil dos anos 1830. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 11, n. 24, p. 297-320, jul./dez. 2005.

BLUTEAU, D. Rapahel. Vocabulario portuguez e latino. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712.

BOXER, Charles R. Relações raciais no império colonial português, 1415-1825. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.

BURKE, Peter. Gilberto Freyre e a nova história. Tempo Social, São Paulo, n. 9, v. 2, p. 1-12, outubro de 1997.

CADEMARTORI, Ligia. Obra traz dispensável tom narcisista: A História Contada, coletânea organizada por Sidney Chalhoub e Leonardo Affonso Pereira, cai na tentação de confundir literatura com testemunho histórico. Correio Brasiliense, 30 de agosto de 1998.

CANO, Jefferson. O fardo dos homens de letras: o “orbe literário” e a construção do império brasileiro. 2001. 407 f. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

CHALHOUB, Sidney, NEVES, Margarida, PEREIRA, Leonardo (orgs.). História em cousas miúdas: capítulos de história social da crônica no Brasil. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005.

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis: historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa. Difel, 1990.

CRUZ, Laura Camilo dos Santos. Edição crítica e genética do romance O Mulato, de Aluísio Azevedo. Manuscrítica, n. 11, p. 271-272 (2003).

DAMATTA, Roberto. O Brasil como morada: apresentação para Sobrados e mucambos. In: FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: a decadência do patriarcado e desenvolvimento do urbano. 16ª ed. São Paulo: Global, 2006, p. 11-26.

EISENBERG, Peter. Homens esquecidos: escravos e trabalhadores livres no Brasil - séc. XVIII e XIX. Campinas , SP: Ed. UNICAMP, 1989.

FANINI, Angela Maria Rubel. Os romances-folhetins de Aluísio de Azevedo: aventuras periféricas. 2003. 340 f. Tese (Doutorado em Teoria Literária). Programa de PósGraduação em Teoria Literária, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974.

FARIA, Sheila de Castro. A colônia em movimento: fortuna e família no cotidiano colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

FERREIRA, Roberto Guedes. Pardos: trabalho, família, aliança e mobilidade social. Porto Feliz, São Paulo, c. 1789 - c. 1850. 2005. 364 f. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005, 364 p.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: a decadência do patriarcado e desenvolvimento do urbano. São Paulo: Global, 2006.

GLEDSON, John. Machado de Assis: ficção e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

JÚNIOR, Araripe. Estilo tropical: a fórmula do naturalismo brasileiro. In: BOSI, Alfredo. Araripe Júnior: teoria, crítica e história literária. Rio de Janeiro: LTC, 1978, p. 75-76.

LAVELEYE, Emílio de. O catolicismo e o protestantismo. O Pensador, edição 43, 1881.

LIMA, Ivana Stolze. Cores, marcas e falas: sentidos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.

MACHADO, Cacilda. A trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social (São José dos Pinhais - PR, passagem do XVIII para o XIX). 2006. 418 f. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

MATTOS, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no Sudeste Escravista - Brasil, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e cidadania no Brasil monárquico. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

MENCARELLI, Fernando. A cena aberta: a absolvição de um bilontra e o teatro de revista de Arthur Azevedo. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1999.

MONTELLO, Josué. Aluísio Azevedo e a polêmica d’ “O Mulato”. Rio de Janeiro: J. Olympio; Brasília: INL, 1975.

PEREIRA, Astrojildo. Machado de Assis: ensaios e apontamentos avulsos. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1991.

PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. A realidade como vocação: literatura e experiência nas últimas décadas do império. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial. Vol. I -1831-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

PESSOA, Raimundo. Gente sem sorte: os mulatos no Brasil colonial. 2007. 232 f.

Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual Paulista, Franca, 2007.

PRECIOSO, Daniel. Legítimos vassalos: pardos livres e forros na Vila Rica colonial (1750-1803). 2010. 249 f. Dissertação (Mestrado em História). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual Paulista, Franca, 2010.

REIS, José Carlos. As identidades do Brasil, de Varnhagen a FHC. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

RODRIGUES, José Honório. Explicação: normas da 4ª edição (1954). In: ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial, 1500-1800. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000.

RUSSELL-WOOD, A. J. R. Escravos e libertos no Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Duas Cidades, 1981.

SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades, 1990.

SCHWARTZ, Stuart B. Brazilian ethnogenesis: mestiços, mamelucos, and pardos. In: GRUZINSKI, Serge; WATCHEL, Nathan (orgs.). Le nouveaux monde, mondes nuveaux. Paris: Éditions Recherche sur les Civilisations/Éditions de l’École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1996, p. 9-27.

SILVA, Antonio de Moraes e. Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Typografia Lacérdina, 1813.

SKIDMORE, Thomas E. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

SOUZA, Jessé. Uma interpretação alternativa do dilema brasileiro. In: SOUZA, Jessé. A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília: UNB, 2000.

SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

SOUZA, Roberto Acízelo. Perspectiva científica. In: SOUZA, Roberto Acízelo. Formação da teoria da literatura. Niterói: Editora Universitária, 1987, p. 56-124.

TODOROV, Tzvetan. Nós e os outros: a reflexão francesa sobre a diversidade humana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

VENTURA, Roberto. “Estilo Tropical”: a natureza como pátria. Remate de Males, Campinas, vol. 7, p. 27-38, 1987.

VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: [s.n.], 1954.

VIANA, Larissa Moreira. O idioma da mestiçagem: as irmandades de pardos na América Portuguesa. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2007.

Published

2019-01-30

How to Cite

Precioso, D. (2019). Race, interbreeding and socio-racial designations in the novel O mulato by Aluísio Azevedo (1850-1881). Esboços: Histories in Global Contexts, 26(41), 149–178. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2019v26n41p149

Issue

Section

Article