Limites e possibilidade de um modelo para o estudo da escravidão no Mediterrâneo antigo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2024.e105070Palabras clave:
Escravidão antiga, Império Romano, MediterrâneoResumen
O objetivo deste artigo é responder aos comentários que os e as colegas generosamente fizeram ao texto intitulado “Escravidão antiga em perspectiva mediterrânica: uma proposta de abordagem global”. Organizamos nossa resposta em torno de quatro temas para os quais consideramos que muitas das considerações feitas pelos colegas convergiam: 1) a validade de reflexões teóricas e construção de modelos históricos de grande abrangência; 2) a relação entre modelos globais e a agência dos sujeitos históricos e suas trajetórias de vida; 3) nossa relação com a contribuição de Moses Finley, particularmente com o conceito de “sociedade escravista”; 4) os recortes cronológicos e a questão das temporalidades da escravidão mediterrânica antiga.
Citas
ANIEVAS, Alexander; NIŞANCIOĞLU, Kerem. How the West Came to Rule: The Geopolitical Origins of Capitalism. London: Pluto Press, 2015.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 2002.
BURNARD, Trevor. Writing the History of Global Slavery. Cambridge: Cambridge University Press, 2023.
CARROLL, Maureen. “The Insignia of Women”: Dress, Gender and Identity on the Roman Funerary Monument of Regina from Arbeia. Archaeological Journal, v. 169, n. 1, 2012, p. 281-311.
CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
COSTA, Emilia Viotti da. Crowns of Glory, Tears of Blood: The Demerara Slave Rebellion of 1823. New York: Oxford University Press, 1994.
CZAJKOWSKI, Kim; ECKHARDT, Benedikt. Law, Status and Agency in the Roman Provinces. Past & Present, v. 241, p. 3-31, 2018.
DA SILVA JÚNIOR, Waldomiro L.; MARQUES, Leonardo. A morfologia histórica do escravismo Atlântico. In: MARQUESE, R. de B.; PIMENTA, J. P.; MORELI, A.; SOARES, R. G. (eds.). Sistemas, tempos e espaços: Lab-Mundi em dez anos de fazer historiográfico. São Leopoldo: Casa Leiria, 2024, p. 36-48.
FINLEY, Moses I. Generalizations in Ancient History. In: FINLEY, M. I. The use and abuse of History. London: Chatto and Windus, 1975.
FINLEY, Moses I. Ancient History. Evidence and Models. New York: Viking, 1986.
FINLEY, Moses I. Escravidão antiga e ideologia moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1991.
GINZBURG, Carlo. Micro-história: duas ou três coisas que sei a respeito. In: GINZBURG, C. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 249-279.
GRENDI, Edoardo. Micro-analisi e storia sociale. Quaderni storici, v. 35, n. 2, 1977, p. 506-520.
GUARINELLO, Norberto L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Ordem, integração e fronteiras no Império Romano: um ensaio. Mare Nostrum, 1, 2010, p.113-127.
HARRIS, William V. Child-exposure in the Roman Empire. Journal of Roman Studies, v. 84, p. 1-22, 1994.
HARRIS, William V. Demography, geography and the sources of Roman slaves. Journal of Roman Studies, v. 89, p. 62-75, 1999.
HORDEN, Peregrine; PURCELL, Nicholas. The Corrupting Sea: A Study of Mediterranean History. Oxford: Blackwell Publishers, 2000.
LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial. Trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. São Paulo: Editora Record, 2000.
MARQUESE, Rafael de B. A escravidão moderna como problema historiográfico. In: MENONCELLO, A. M.; GARAY, R. G.; CEZAR, T.; GUTERRES, T. da C. (org.). Problemas de historiografia antiga e moderna: Estudos e discussões em tempos de pandemia. Vitória: Editora Milfontes, 2024, p. 307-336.
MARQUESE, Rafael de B. A História Global da Escravidão Atlântica: Balanço e Perspectivas. Esboços, 26(41), p. 14-41, 2019.
MARQUESE, Rafael de B.; DA SILVA JÚNIOR, Waldomiro L. Tempos históricos plurais: Braudel, Koselleck e o problema da escravidão negra nas Américas. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, v. 11, n. 28, p. 44-81, 2018.
MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.
McMICHAEL, Philip. Incorporating Comparison within a World-Historical Perspective: An Alternative Comparative Method. American Sociological Review, v. 55(3), p. 385-397, 1990.
MILLER, Joseph. The Problem of Slavery as History: A Global Approach. Yale: Yale University Press, 2012.
MORLEY, Neville. Theories, Models, and Concepts in Ancient History. New York: Routledge, 2004.
MORRIS, Ian. Mediterraneanization. Mediterranean Historical Review, v. 18, n. 2, p. 30-55, 2003.
PARGAS, Damian. Introduction: Historicizing and Spatializing Global Slavery. In: PARGAS, D.; SCHIEL, J. (eds.). The Palgrave Handbook of Global Slavery throughout History. Cham: Palgrave Macmillan, 2023, p. 1-16.
PERALTA, Dan-el Padilla; BERNARD, Seth. Middle Republican Connectivities. Journal of Roman Studies, v. 112, p. 1-37, 2022.
ROTMAN, Y. Forms of Slavery. In: HORDEN, P.; KINOSHITA, S. (eds.). A Companion to Mediterranean History. Malden: Wiley, 2014, p. 263-278.
SALSANO, Debora. Manumissio vindicta in ambiente provincial: Problemi e proposte. Chiron, 28, p. 178-185, 1998.
SCHEIDEL, Walter. The Roman slave supply. In: BRADLEY, K.; CARTLEDGE, P. (org.). The Cambridge world history of slavery, volume 1: the ancient Mediterranean world. Cambridge/New York: Cambridge University Press, 2011, p. 287-310.
TAYLOR, Timothy. Believing the ancients: Quantitative and qualitative dimensions of slavery and the slave trade in later prehistoric Eurasia. World Archaeology, 33:1, p. 27-43, 2001.
TRIVELLATO, Francesca. Is there a future for Italian Microhistory in the age of Global History?. California Italian Studies, 2(1), 2011.
VLASSOPOULOS, Kostas. Greeks and barbarians. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 2013.
VLASSOPOULOS, Kostas. Historicising Ancient Slavery. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2021.
VOGT, Joseph. The structure of Ancient Slave Wars. In: Ancient slavery and the ideal of man. Translated by Thomas Wiedemann. Cambridge/Massachusetts: Harvard University Press, 1975, p. 39-92.
WEINSTEIN, Barbara. História sem causa? A nova história cultural, a grande narrativa e o dilema pós-colonial. História (São Paulo), 22, no 2, p. 185-210, 2003.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Fábio Joly, José Ernesto Knust

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A reprodução dos textos editados pela Esboços: histórias em contextos globais é permitida sob Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Será pedido aos autores que assinem a licença de acesso aberto antes da publicação.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores cedem à revista eletrônica Esboços: histórias em contextos globais (ISSN 2175-7976) os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
- Essa licença permite que terceiros final remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado desde que atribua o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro).

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.


