Transhumanismo e a disputa sobre o conceito de vida: entre a vida biológica e a morte da morte
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2025.e105640Palavras-chave:
Transhumanismo, Imortalidade, Vida biológicaResumo
Uma marca constitutiva do tempo presente é a centralidade que a vida digital adquiriu desde o surgimento do capitalismo de plataforma ou capitalismo de vigilância, e do transumanismo como ideologia dominante desta nova era. Nesse contexto, as formas de governo da vida se transmutam, e a lógica algorítmica se torna dominante. A proliferação de dispositivos eletrônicos que capturam dados sobre a vida de indivíduos e populações se tornou onipresente, tornando o capitalismo de vigilância o Big Other onisciente de ações, preferências e desejos. A base científica desse movimento tem seu suporte epistêmico no desenvolvimento exponencial das neurociências e neurotecnologias, da biologia molecular e das ciências da computação. Entendemos que Ray Kurzweil, mentor de inteligência artificial do Google, é uma das principais referências do transumanismo, sendo uma de suas obras exemplares "A Medicina da Imortalidade". Interpelamos o texto para identificar nele os principais princípios da proposta do transumanismo.
Referências
APPLE, M. W. Trabalho e conhecimento: gerencialismo, trabalho e movimentos emergentes na universidade global. Revista e-Curriculum. n. 11, v. 2, p. 342-357, 2013. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76628121003 Fecha de Consulta 10 de Enero de 2025.
ASSMANN, S.J.; NUNES, N.A. Michel Foucault e a Genealogia como Crítica do Presente. INTERthesis, v. 4, n. 1, 2007. Disponible en: https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/889 Acceso en 20-09-2024 Fecha de Consulta 10 de Enero de 2025.
AGAMBEN, G. Homo sacer – O poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Editorial UFMG, 2002.
AGAMBEN, G. Lo abierto. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2006.
AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.
BOSTROM, N. What is transhumanism? 2001. Disponible en https://nickbostrom.com/old/transhumanism Fecha de Consulta 10 de Enero de 2025.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O anti-édipo: Capitalismo e esquizofrenia 1. São Paulo: Editora 34, 2011.
DIÉGUEZ, A. Transhumanismo. In: PARENTE, Diego et al. Glosario de filosofia de la técnica. Adrogué: La cebra, 2022.
ESPOSITO, R. Immunitas: protección y negación de lavida. Buenos Aires: Amorrortu, 2005.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FOUCAULT, M. História da sexualidade. Vol. I A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
FOUCAULT, M. Defender la sociedad. Curso en el Collège de France 1976. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2000.
FOUCAULT, M. Seguridad, territorio y población. Curso en el Collège de France 1977-1978. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2006.
FOUCAULT, M. Nacimiento de la biopolítica. en el Collège de France 1978-1979. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007.
FOUCAULT, M. ¿Qué es la crítica? Seguido de la cultura de sí. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, 2018.
IERARDO, E. Mundo virtual: black mirror posapocalipsis y ciberadicción. Buenos Aires: Continente, 2018.
KURZWEIL, R.; GROSSMAN, T. A medicina da imortalidade – viver o suficiente para viver para sempre. San Pablo: Aleph, 2019.
LOPES, L. P. DA M.; FABRÍCIO, B. F. Discurso como arma de guerra: um posicionamento ocidentalista na construção da alteridade. DELTA: Documentação De Estudos Em Lingüística Teórica E Aplicada, n. 21, (spe), p. 239–283, 2005. Disponible en https://www.scielo.br/j/delta/a/7xqCzzMgHsGM3rWFRx5Ybfb/abstract/?lang=pt Fecha de consulta 10 de enero de 2025.
MASSUMI, B. O que os animais nos ensinam sobre política. São Paulo: n-1 edições, 2017.
NOVAK, L. Transhumanismo. In: KOTHARI, A.; ACOSTA, A..; ESCOBAR, A.; SALLEH, & F. DEMARIA (Orgs.), Pluriverso: Un diccionario del posdesarrollo (p. 148–151). Icaria, 2019.
ORTEGA, F. O corpo incerto – corporeidade, tecnologias médicas e cultura contemporânea. Río de Janeiro: Garamond, 2008.
RABINOW, P.; ROSE, N. (2006). O conceito de biopoder hoje. In Política & Trabalho Revista de Ciências Sociais, n. 24, p. 27-57, abr 2008. Disponible en https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6600 Fecha de consulta 10 de diciembre de 2024.
RODRÍGUEZ, P. M. Las palabras en las cosas: saber, poder y subjetivación entre algoritmos y biomoléculas. Ciudad Autônoma de Buenos Aires: Cactus, 2019.
ROSE, N. A política da própia vida: biomedicina, poder e subjetividade no Século XXI. São Paulo: Paulus, 2013.
SIBILIA, P. O homem pós-orgânico: corpo, subjetividade e tecnologias digitais. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
SRNICEK, N. Capitalismo de plataformas. Buenos Aires: Caja Negra, 2018.
VILAÇA, M. M., & DIAS, M. C. M. Transumanismo e o futuro (pós-)humano. Physis: Revista De Saúde Coletiva, n. 24, v. 2, p. 341–362, 2014. Disponible en https://www.scielo.br/j/physis/a/DYHLLVwkzpk6ttN3mkr7Gdw/abstract/?lang=pt Fecha de consulta 10 de enero de 2025.
ZUBOFF, S. A era do capitalismo de vigilância: A luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os trabalhos publicados passam a ser de direito da Revista Fórum Linguístico, ficando sua reimpressão, total ou parcial, sujeita à autorização expressa da Comissão Editorial da revista. Deve ser consignada a fonte de publicação original.
Esta publicação está regida por uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
