Enunciación y silencio: el chisme y sus sujetos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2025.e106761

Palabras clave:

discurso, subjetivación, silenciamiento, identificaciones de género, racialidad

Resumen

En este trabajo considero el chisme como una de las formas históricas de la enunciación, constituida en la confrontación ideológica y en la contradicción de las posiciones de sujeto en el interdiscurso. Como práctica de lenguaje históricamente producida, el chisme se configura a partir de un lugar de enunciación, un modo de decir y un modo específico de circulación, como efecto del encuentro entre una actualidad (las condiciones concretas de producción del discurso) y una memoria (el funcionamiento del interdiscurso como el todo complejo con dominante de las formaciones discursivas, que establece las condiciones de enunciabilidad de las formulaciones). En este artículo describo el funcionamiento de la práctica enunciativa del chisme y su trayectoria histórica y, a partir de este análisis, desarrollo una reflexión sobre la noción de lugar de enunciación y su relación con el silencio.

Biografía del autor/a

Mónica Graciela Zoppi Fontana, UNICAMP

Professora do IEL | UNICAMP.

Citas

BRAGA, A.; PIOVEZANI, C. A fala feminina: silenciamentos e resistências. São Paulo: Jandaíra, 2025.

CESTARI, M. J.; CHAVES, T. V.; BALDINI, L. O pretuguês, a língua materna e os discursos fundadores da brasilidade. In: ZOPPI-FONTANA, M. G.; BIZIAK, J. (org.). Mulheres em discurso: lugares de enunciação e corpos em disputa. Campinas: Pontes, 2021. p. 27-52.

FEDERICI, S. A história oculta da fofoca: mulheres, caça às bruxas e resistência ao patriarcado. Tradução de Heci Regina Candini. São Paulo: Boitempo, 2019.

FERRARI, A. J. O silêncio da Dona Amélia. In: ZOPPI FONTANA, M. G.; FERRARI, A. (org.). Mulheres em discurso: identificações de gênero e práticas de resistência. Campinas: Pontes, 2017, p. 231-250.

FOFOCAR. In: DICIONÁRIO Priberam da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, [2023]. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/fofocar. Acesso em: 04 abr. 2025.

FOFOCAR. In: DICIONÁRIO Michaelis online. São Paulo: Melhoramentos, [2025]. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=fofocar. Acesso em: 04 abr. 2025.

GIBA UM. “Muitas vezes, as pessoas falam que eu devo falar grosso. Não vou falar grosso. Sou mulher”. Correio do Estado, Campo Grande, 28 mar. 2024. Disponível em: https://correiodoestado.com.br/opiniao/muitas-vezes-as-pessoas-falam-que-eu-devo-falar-grosso-nao-vou/428210/. Acesso em: 30 jun. 2025.

GONZALEZ, L. Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira. In: RIOS, F.; LIMA, M. (org.). Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020 [1983]. p. 75-93.

GUILHAUMOU, J. La langue politique et la révolution française. De l’événement à la raison linguistique. Paris: Méridiens Klincksieck, 1989.

GUIMARÃES, E. Semântica do acontecimento. Campinas: Pontes, 2002.

GUIMARÃES, E. Semântica: enunciação e sentido. Campinas: Pontes, 2018.

INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM DA UNICAMP. Mulheres em discurso: lugares de enunciação e processos de subjetivação, 2017. Disponível em: https://www.iel.unicamp.br/pesquisa-no-iel/mulheres-em-discurso-lugares-de-enunciacao-e-processos-de-subjetivacao/. Acesso em: 30 jun. 2025.

JAVIER MILEI: “La nota del New York Times son chimentos de peluquería”. C5N, Buenos Aires, 2 mar. 2025. Disponível em: http://c5n.com/politica/javier-milei-la-nota-del-new-york-times-son-chimentos-peluqueria-n192740. Acesso em: 8 mar. 2025.

KILOMBA, G. The Mask. Tradução de Jessica Oliveira de Jesus. Cadernos de Literatura em Tradução, São Paulo, n. 16, p. 171-180, 2016. Disponível em https://www.journals.usp.br/clt/article/view/115286/112968. Acesso em: 4 abr. 2025.

MARANDIN, J. M. Problèmes d'analyse du discours: essai de description du discours français sur la Chine. Langages, Paris, n. 55, p. 17-88, 1979. Disponível em: https://doi.org/10.3406/lgge.1979.1823. Acesso em: 29 jun. 2025.

MCANDREW, F. T. A fofoca é uma aptidão social – não um defeito de caráter. Papo de Homem, [s. l.], 14 fev. 2016. Disponível em: https://papodehomem.com.br/a-fofoca-e-uma-aptidao-social-nao-um-defeito-de-carater/. Acesso em: 30 jun. 2025.

MONTAG, W. Les subalternes peuvent-illes parler? et autres questions transcendentales. Multitudes, Paris, n. 26, v. 3, p.133-141, 2006,. Disponível em: https://doi.org/10.3917/mult.026.0133. Acesso em: 4 abr. 2025.

MORAIS, E. Janja incomoda porque tem opinião própria, diz Gleisi. Blog do Esmael, [s. l.], 10 abr. 2025. Disponível em: https://www.esmaelmorais.com.br/janja-incomoda-porque-tem-opiniao-propria-diz-gleisi/. Acesso em: 30 jun. 2025.

ORLANDI, E. As formas do silêncio: o movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 2010 [1992].

ORLANDI, E. Maio 1968: os silêncios da memória. In: ACHARD, P. et al. Papel da memória. Tradução de José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999. p.59-71.

ORLANDI, E. Do sujeito na história e no simbólico. In: ORLANDI, E. Discurso e Texto: formulação e circulação dos sentidos. Campinas: Pontes, 2001. p. 99-108.

ORLANDI, E. Processos de significação, corpo e sujeito. In: ORLANDI, E. Discurso em Análise: sujeito, sentido, ideologia. Campinas: Pontes, 2012. p. 83-96.

PÊCHEUX, M. Análise Automática do Discurso (AAD-69). In: GADET, F.; HAK, T. (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 1990 [1969]. p. 61-162.

PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni Orlandi. Campinas: Pontes, 1990 [1983].

PÊCHEUX, M.; FUCHS, C. A propósito da Análise Automática do Discurso: atualização e perspectivas. In: GADET, F.; HAK, T. (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 1990 [1975]. p.163-235.

RIBEIRO, D. O que é lugar de fala. Belo Horizonte: Letramento, 2017.

ZOPPI FONTANA, M. G. Lugares de enunciação e discurso. Revista Leitura: Análise do Discurso, Maceió, v. 23, p. 15-24, jan./jun. 1999. Disponível em: 10.28998/0103-6858.1999n23p15-24. Acesso em: 29 jun. 2025.

ZOPPI FONTANA, M. G. Identidades (in)formais: contradição, processos de designação e subjetivação na diferença. Organon, Porto Alegre, v. 17, n. 35, p. 245-282, jan./dez. 2003. Disponível: https://doi.org/10.22456/2238-8915.30027. Acesso em: 29 jun. 2025.

ZOPPI FONTANA, M. G. Estar em estado de palavra. In: RODRIGUES, E.; SANTOS, G.; BRANCO, L. (org.). Análise de discurso no Brasil: pensando o impensado sempre. Uma homenagem a Eni Orlandi. Campinas: RG Editora, 2011. p. 69-86.

ZOPPI FONTANA, M. G. Lugar de fala: enunciação, subjetivação, resistência. Conexão Letras, Porto Alegre, v. 12, n. 18, p. 63-71, 2017a. Disponível em: https://doi.org/10.22456/2594-8962.79457. Acesso em: 4 abr. 2025.

ZOPPI FONTANA, M. G. O acontecimento do discurso na contingência da história. In: GRIGOLETTO, E.; NARDI, F. S. (org.). Análise de Discurso e Materialismos: Historicidade e Conceito.1. ed. Campinas: Pontes, 2017b. p. 177-200.

ZOPPI FONTANA, M. G. Mise-à-corps du soi: modes d’énonciation contemporaines. Les Carnets du Cediscor, Paris, v.17, p. 62-76, 2022. DOI: https://doi.org/10.4000/cediscor.5849. Acesso em: 4 abr. 2025.

ZOPPI FONTANA, M. G.; FERRARI, A. Uma análise discursiva das identificações de gênero. In: ZOPPI FONTANA, M. G.; FERRARI, A. (org.). Mulheres em discurso: identificações de gênero e práticas de resistência. Campinas: Pontes, 2017. p. 7-20.

ZOPPI FONTANA, M. G.; BIZIAK, J. S. (org.). Mulheres em discurso: lugares de enunciação e corpos em disputa. v. 3. Campinas: Pontes, 2021.

ZOPPI FONTANA, M.; SILVA-FONTANA, L. Corpo, gênero e raça: reflexões sobre uma abordagem discursiva do corpo. In: FERREIRA, M. C. L.; VINHAS, L. I. (org.). O corpo na análise do discurso: conceito em movimento. Campinas: Pontes, 2023. p.57-87.

Publicado

2025-08-26

Número

Sección

Dossiê | Gênero, silenciamento(s) e resistência pela análise de discurso materialista