Formulações (de lugar): esforço para alcançar a intersubjetividade em audiências de processos penais
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14n1p1682Resumo
Amparado na perspectiva teórico-metodológica da Análise da Conversa de base etnometodológica (SACKS, 1992), o artigo investiga interações, gravadas em áudio e transcritas (JEFFERSON, 1974), entre uma juíza e seus interlocutores. Mais especificamente, analisa sequências em que, por meio de descrições de lugar (ou formulações de lugar) (SCHEGLOFF, 1972), os participantes negociam a intersubjetividade (ou compreensão mútua) sobre como se configuram espaços geográficos e sobre as quais a juíza produz formulações (de entendimento) (HERITAGE; WATSON, 1979). As formulações de entendimento (a partir das descrições de lugar) mostram-se imprescindíveis nesse contexto para que a juíza possa tomar decisões sobre como proceder em relação ao processo em andamento. Observa-se que, por meio da prática de formulação, a juíza implementa diferentes ações, quais sejam: (a) levantar dúvidas sobre a qualificação do interlocutor enquanto testemunha abonatória; (b) intermediar o entendimento entre os outros participantes da interação; (c) averiguar a veracidade de fatos apresentados pelo interlocutor.
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