Urbanização e monitoração estilística: a variação linguística e as representações da fala caipira nas histórias em quadrinhos
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2018v15n1p2843Resumo
No Brasil contemporâneo, gestou-se um discurso fortemente preconceituoso em relação ao falar caipira e à cultura que representa, materializado na dicotomia “certo” e “errado”, quando comparados os usos orais dos espaços rurais e a variante culta dos contextos urbanos. No presente trabalho, objetivamos lançar um novo olhar sobre essa questão, a partir dos contínuos da urbanização e da monitoração estilística propostos por Bortoni-Ricardo (2004, 2011). Como corpus para nossa investigação, utilizamos dados extraídos de edições das revistas em quadrinhos de Chico Bento, de Maurício de Sousa, que supostamente “tipificam” as características do chamado falar caipira. A partir do confronto com resultados de pesquisas sobre a variação linguística do português brasileiro (PB), podemos verificar se os usos linguísticos representados na suposta fala caipira de Chico Bento são marcas do espaço rural ou se, na prática, refletem o modo de falar de muitos brasileiros, independentemente do espaço geográfico a que se associam.Downloads
Publicado
2018-04-09
Edição
Seção
Artigo
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