Urbanização e monitoração estilística: a variação linguística e as representações da fala caipira nas histórias em quadrinhos

Autores

  • Pedro Daniel dos Santos Souza Universidade do Estado da Bahia / Universidade Federal da Bahia
  • Amanda Kerolainy Braga Santos Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2018v15n1p2843

Resumo

No Brasil contemporâneo, gestou-se um discurso fortemente preconceituoso em relação ao falar caipira e à cultura que representa, materializado na dicotomia “certo” e “errado”, quando comparados os usos orais dos espaços rurais e a variante culta dos contextos urbanos. No presente trabalho, objetivamos lançar um novo olhar sobre essa questão, a partir dos contínuos da urbanização e da monitoração estilística propostos por Bortoni-Ricardo (2004, 2011). Como corpus para nossa investigação, utilizamos dados extraídos de edições das revistas em quadrinhos de Chico Bento, de Maurício de Sousa, que supostamente “tipificam” as características do chamado falar caipira. A partir do confronto com resultados de pesquisas sobre a variação linguística do português brasileiro (PB), podemos verificar se os usos linguísticos representados na suposta fala caipira de Chico Bento são marcas do espaço rural ou se, na prática, refletem o modo de falar de muitos brasileiros, independentemente do espaço geográfico a que se associam.

Biografia do Autor

Pedro Daniel dos Santos Souza, Universidade do Estado da Bahia / Universidade Federal da Bahia

Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Membro do Grupo de Pesquisa Programa para a História da Língua Portuguesa (PROHPOR). Doutorando em Língua e Cultura na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Amanda Kerolainy Braga Santos, Universidade do Estado da Bahia

Graduada em Letras – Licenciatura Plena em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Membro do Grupo de Pesquisa em Memória, Espaço e Linguagem (GpMEL).

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Publicado

2018-04-09

Edição

Seção

Artigo