Identidade e (re)existência indígena na literatura: a poesia de Márcia Wayna Kambeba em Ay Kakyri Tama: Eu Moro Na Cidade

Autores

  • Kátia Carvalho da Silva Rocha Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)
  • Tatiana Santos Oliveira Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2024.e98952

Palavras-chave:

Poesia indígena contemporânea, Identidade, Resistência cultural

Resumo

O presente artigo empreende uma análise da poesia indígena contemporânea, abordando especificamente a obra da escritora Márcia Wayna Kambeba, com foco nos poemas “Ay kakuyri tama”, “Índio eu não sou” e “Território ancestral”, de Ay Kakuyri Tama: eu moro na cidade (2018). A pesquisa visa a compreensão da maneira pela qual tais poemas funcionam enquanto expressões que articulam identidade e resistência cultural por parte da autora, concentrando-se na valorização da cultura ancestral e na reafirmação da identidade indígena diante dos desafios impostos pela diáspora urbana. Por meio de uma abordagem qualitativa e interpretativa, o estudo explora o conteúdo e as características estilísticas desses poemas, além do contexto sociocultural e histórico em que se inserem. Em última instância, constata-se que os poemas objeto de análise emergem como veículos expressivos da voz ancestral do povo Omágua/Kambeba, patenteando sua resiliência e reiterando a relevância da poesia indígena contemporânea como manifestação artística, cultural e política. Os resultados desta pesquisa contribuirão para o entendimento da produção poética indígena e para a valorização das vozes indígenas na literatura contemporânea, incentivando o reconhecimento e a promoção da diversidade étnica e cultural dos povos indígenas em contextos urbanos.

Biografia do Autor

Kátia Carvalho da Silva Rocha , Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta IV da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL).

Tatiana Santos Oliveira, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

Mestranda em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGLe, da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL).

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Publicado

2024-12-30