Identidade e (re)existência indígena na literatura: a poesia de Márcia Wayna Kambeba em Ay Kakyri Tama: Eu Moro Na Cidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2024.e98952Palavras-chave:
Poesia indígena contemporânea, Identidade, Resistência culturalResumo
O presente artigo empreende uma análise da poesia indígena contemporânea, abordando especificamente a obra da escritora Márcia Wayna Kambeba, com foco nos poemas “Ay kakuyri tama”, “Índio eu não sou” e “Território ancestral”, de Ay Kakuyri Tama: eu moro na cidade (2018). A pesquisa visa a compreensão da maneira pela qual tais poemas funcionam enquanto expressões que articulam identidade e resistência cultural por parte da autora, concentrando-se na valorização da cultura ancestral e na reafirmação da identidade indígena diante dos desafios impostos pela diáspora urbana. Por meio de uma abordagem qualitativa e interpretativa, o estudo explora o conteúdo e as características estilísticas desses poemas, além do contexto sociocultural e histórico em que se inserem. Em última instância, constata-se que os poemas objeto de análise emergem como veículos expressivos da voz ancestral do povo Omágua/Kambeba, patenteando sua resiliência e reiterando a relevância da poesia indígena contemporânea como manifestação artística, cultural e política. Os resultados desta pesquisa contribuirão para o entendimento da produção poética indígena e para a valorização das vozes indígenas na literatura contemporânea, incentivando o reconhecimento e a promoção da diversidade étnica e cultural dos povos indígenas em contextos urbanos.
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