O excesso, a falta e o estranhamento no discurso de autorregulamentação do CONAR

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DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14nespp2524

Resumo

O Conselho de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) lançou, em 2014, campanha publicitária que gerou reclamações. Dentre as materialidades do descontentamento está uma carta endereçada ao CONAR, assinada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) e trinta organizações. A carta pedia a suspensão da campanha, na qual o CONAR teria atribuído a si um poder excessivo de avaliar a ética na publicidade brasileira e ridicularizado lutas de grupos sociais. A partir desse acontecimento, a presente pesquisa propõe, com o referencial da Análise de Discurso oriunda de Michel Pêcheux, uma reflexão sobre o funcionamento do discurso de autorregulamentação publicitária. O corpus discursivo é constituído por sequências das propagandas audiovisuais “Palhaço” e "Feijoada” e por fragmentos da referida carta. O trabalho usa, como viés teórico-metodológico, os conceitos de memória saturada e lacunar (COURTINE, 1999) e os interliga aos procedimentos analíticos elaborados por Ernst (2009), concernentes ao excesso, à falta e ao estranhamento.

Biografia do Autor

Renata Silveira da Silva, Universidade Federal do Pampa (Campus Jaguarão)

Professora de Linguística da Universidade Federal do Pampa, campus Jaguarão. Doutora em Letras pela Universidade Católica de Pelotas. E-mail: resilv@gmail.com.

Publicado

2017-11-24