El lenguaje de un fraude: análisis de las falsas confesiones atribuidas a los hermanos Naves
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2020v17n2p4844Resumen
En caso de los hermanos Naves, se alegó que ellos habían confesado la comisión de un crimen que ni siquiera ocurrió. En este artículo, se presenta un análisis lingüístico y discursivo de las confesiones forjadas que se les atribuyen a ellos, basándose, desde el punto de vista teórico-metodológico, en estudios anteriores sobre las características comunes de falsas narrativas en el campo de la lingüística forense y en la aplicación de método inspirado en la crítica textual. Fue posible identificar elementos lingüísticos que denuncian la falsedad de las confesiones atribuidas a los hermanos, como una descripción extremadamente detallada del presunto crimen, la presencia de errores, inconsistencias y contradicciones en el discurso y el uso de lenguaje de incertidumbre. Además, la comparación entre las dos confesiones permitió verificar la presencia de eco y patrones de condensación y expansión. Aunque esté limitado por la naturaleza de los datos, este estudio brinda apoyo para las discusiones sobre cómo caracterizar mejor falsas confesiones en contextos investigativos y judiciales.
Citas
ALAMY FILHO, J. O caso dos irmãos Naves: o erro judiciário de Araguari. São Paulo: Círculo do Livro, [197-?].
ALMEIDA, J. C. M. de. O princípio da verdade real. Revista da Faculdade de Direito, São Paulo, v. 52, p. 116-138, 1957.
BARTHES, R. O efeito de real. In: GENETTE, G.; BARTHES, R.; KRISTEVA, J.; TODOROV, T.; BREMOND, C. (org.). Literatura e semiologia. Pesquisas semiológicas. Petrópolis: Vozes, 1972. p. 35-44.
BIZ, A. M. O caso dos irmãos Naves: o erro judicial de Araguari. 2012. 41 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Direito) – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, Assis, 2012.
BROHOLM, T. M. Reducing false confessions through video recording. In: THOMPSON, S. G.; HOPGOOD, J. L.; VALDERRAMA, H. K. (org.). American justice in the age of innocence: understanding the causes of wrongful convictions and how to prevent them. Bloomington: iUniverse, 2011. p. 79-117.
CAMBRAIA, C. N. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
DOTTI, R. A. Casos criminais célebres. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.
DRIZIN, S. A.; LEO, R. A. The problem of false confessions in the post-DNA world. North Carolina Law Review, Chapel Hill, v. 82, n. 3, p. 891-1008, 2004.
DUTRA, L. C. A abordagem processual escrita da confissão: erros de interpretação, erros na busca pela verdade real. Revista Thesis Juris, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 187-203, jan./jun. 2015.
FIGUEIREDO, S. A. F. O caso dos irmãos Naves: uma leitura sob ótica da criminologia crítica e teoria da vulnerabilidade de Eugenio Raúl Zaffaroni. In: SEMINÁRIO AMÉRICA LATINA: CULTURA, HISTÓRIA E POLÍTICA, 2015, Uberlândia. Anais... Uberlândia: Pueblo Editora / Nepri–UFU, 2015.
GARRETT, B. L. The substance of false confessions. Stanford Law Review, Stanford, v. 62, p. 1051-1118, abr. 2010.
GARRETT, B. L. Contaminated confessions revisited. Virginia Law Review, Charlottesville, v. 101, n. 2, p. 395-454, abr. 2015.
GREBLER, G. A jihadi heart and mind? Strategic repackaging of a possibly false confession in an anti-terrorism trial in California. In: COULTHARD, M.; JOHNSON, A. (org.). The Routledge handbook of forensic linguistics. New York: Routledge, 2010. p. 315-332.
GUDJONSSON, G. H.; SIGURDSSON, J. F. How frequently do false confessions occur? An empirical study among prison inmates. Psychology, Crime and Law, London, v. 1, n. 1, p. 21-26, 1994.
KASSIN, S. M.; WRIGHTSMAN, L. S. Confession evidence. In: KASSIN, S. M.; WRIGHTSMAN, L. S. (org.). The psychology of evidence and trial procedure. Beverly Hills: Sage Publications, 1985. p. 67-94.
MARQUILHAS, R.; CARDOSO, A. O estilo do crime: a análise de texto em estilística forense. In: COSTA, A.; FLORES, C.; ALEXANDRE, N. (ed.). Textos selecionados, XXVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: APL, 2012. p. 416-436.
MUSEU DO JUDICIÁRIO MINEIRO. O caso dos irmãos Naves disponível para consulta. 2017. Disponível em: http://museudojudiciariomineiro.com.br/o-caso-do-irmaos-naves-disponivel-para-consulta/. Acesso em: 06 jul. 2019.
NEIVA, A. E. D. Confissões: a perspectiva de investigadores mais e menos experientes. 2006. 92 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Aplicada) – Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa, 2008.
OLIVEIRA, E. R. de. O erro judiciário de Araguari na literatura. Revista Crioula, São Paulo, n. 11, maio 2012.
OLIVEIRA, E. R. de. O caso dos irmãos Naves: processamentos artísticos a partir de um erro jurídico. 2013. 165 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2013.
RODRIGUES, E. “O caso dos irmãos Naves”: um registro de memória por João Alamy Filho. Emblemas: Revista do Departamento de História e Ciências Sociais (UFG/CAC), Catalão, v. 8, n. 2, p. 73-88, jul./dez. 2011.
SILVA, C. G. da. O caso dos irmãos Naves: “Tudo o que disse foi de medo e pancada...”. Revista Liberdades, São Paulo, n. 4, p. 78-85, maio/ago. 2010.
SILVA, W. B. da. Princípio da presunção de inocência: caso dos irmãos Naves. Revista da Católica – Faculdade Católica de Uberlândia, Uberlândia, v. 3, n. 5, 2011.
SOUSA, M. P. de. “O caso dos irmãos Naves”: o poder coercitivo da farda. 1996. 76 f. Monografia (Graduação em História) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1996.
VALDERRAMA, H. K. Of crimes, confessions, and convictions: reducing wrongful convictions attributable to false confessions. In: THOMPSON, S. G.; HOPGOOD, Jennifer L.; VALDERRAMA, H. K. (org.). American justice in the age of innocence: understanding the causes of wrongful convictions and how to prevent them. Bloomington: iUniverse, 2011. p. 119-192.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Fórum Linguístico

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los trabajos publicados pasan a ser de derecho de la Revista Fórum Linguístico, quedando su reimpresión, total o parcial, sujeta a la autorización expresa del Consejo de Redacción de la revista. Debe ser consignada la fuente de publicación original.
