A estrutura passiva num corpus de aquisição

Autores

  • Antónia Estrela UNL - Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa Escola Superior de Educação de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2016v13n1p1009

Resumo

O objetivo deste trabalho é descrever a estrutura passiva num corpus de aquisição, contabilizando e tipificando as passivas que surgem na fala espontânea das crianças e dos adultos que com elas interagem. Dado que, no campo da aquisição da linguagem, vários estudos apontam para eventuais atrasos na aquisição da passiva, pretendeu-se verificar se, em português europeu, essa estrutura surgia tardiamente e qual o tipo de passiva a emergir primeiramente. Feito o levantamento de todas as passivas presentes no corpus, procedeu-se à sua análise. Os dados mostram que as crianças produzem passivas estativas e só depois passivas eventivas e resultativas. O tipo de passivas que as crianças produzem mais cedo e em maior quantidade é aquele que é mais produzido pelos adultos em interação com elas, ou seja, a passiva estativa. Destaca-se ainda a idade bastante precoce em que estas construções começam a ser produzidas (antes dos dois/três anos).

Biografia do Autor

Antónia Estrela, UNL - Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa Escola Superior de Educação de Lisboa

É Professora Adjunta Convidada na Escola Superior de Educação de Lisboa e investigadora no Centro de Linguística da UNL - Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve investigação em áreas como Aquisição da Linguagem, Sintaxe e Escrita. Tem publicado trabalhos no seu domínio de especialidade.

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Publicado

2016-03-29

Edição

Seção

Artigo