Gladiadores do altar? Discutindo a noção de estranhamento no discurso religioso da Igreja Universal do Reino de Deus

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DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14nespp2440

Resumo

Na atualidade, não raro o termo “gladiador” tem sido empregado, em determinados discursos, como o religioso, o empresarial, o esportivo, dentre outros, o que corresponde a um elemento de saber que vem de outro lugar, decorrente de movimentos da história e, assim, dos sentidos. Neste artigo, analiso a ocorrência do termo “gladiador” no discurso religioso da Igreja Universal do Reino de Deus, ou ainda, o estranhamento, conforme Ernst (2009), causado pela presença desse termo na linearidade de um discurso ao qual, em princípio, não pertenceria. Para análise, tomo como corpus três sequências discursivas extraídas de uma reportagem, publicada na Folha Universal de 08/03/2015, sobre o projeto “Gladiadores do Altar”, o qual consiste em preparar jovens para propagar a religião. No percurso teórico, volto-me principalmente para a noção de formação discursiva, desenvolvida por Pêcheux, focando na instabilidade de suas fronteiras, o que resulta na heterogeneidade discursiva.

Biografia do Autor

Elisane Pinto da Silva Machado de Lima, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia sul-rio-grandense (IFsul)

Professora no Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia Sul-rio-grandense, ministrando as disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no ensino médio técnico; Comunicação, no curso superior e Análise de Discurso, no curso de Pós-graduação lato sensu em Linguagens verbo-visuais e suas tecnologias.

Publicado

2017-11-24