Endeudado, debo: Gobierno de la vida por las finanzas
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n3p3953Resumen
En este artículo, problematizo la financiarización de la vida, comprendiendo que la política de la deuda es una forma de la biopolítica en el seno del capitalismo neoliberal. Inicialmente, me acerco de los conceptos foucaultianos para, con pensadores como Deleuze, Lazzarato, Fontenelle, Hardt y Negri, abordar la constitución de la cultura del consumo y del capitalismo financiero, la configuración sociopolítica y económica en la que se produce la posición subjetiva de lo hombre endeudado debido a la centralidad de la relación acreedor-deudor. Los análisis acerca de la crisis de 2008, materiales de investigaciones que realicé, y materias sobre deuda pública y reformas dichas imprescindibles son algunos subsidios utilizados para tejer discusiones que apuntan a una torsión en el principio biopolítico en la sociedad de la deuda: si usted puede pagar, usted vive; si no, puede morir. Con el objetivo de componer un rechazo a las actuales formas de gobierno y abrir espacio para otras experiencias, trazo líneas para el desarrollo de lo que llamo aquí una educación en cuanto al consumo y crédito-deuda.
Citas
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