Endeudado, debo: Gobierno de la vida por las finanzas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n3p3953

Resumen

En este artículo, problematizo la financiarización de la vida, comprendiendo que la política de la deuda es una forma de la biopolítica en el seno del capitalismo neoliberal. Inicialmente, me acerco de los conceptos foucaultianos para, con pensadores como Deleuze, Lazzarato, Fontenelle, Hardt y Negri, abordar la constitución de la cultura del consumo y del capitalismo financiero, la configuración sociopolítica y económica en la que se produce la posición subjetiva de lo hombre endeudado debido a la centralidad de la relación acreedor-deudor. Los análisis acerca de la crisis de 2008, materiales de investigaciones que realicé, y materias sobre deuda pública y reformas dichas imprescindibles son algunos subsidios utilizados para tejer discusiones que apuntan a una torsión en el principio biopolítico en la sociedad de la deuda: si usted puede pagar, usted vive; si no, puede morir. Con el objetivo de componer un rechazo a las actuales formas de gobierno y abrir espacio para otras experiencias, trazo líneas para el desarrollo de lo que llamo aquí una educación en cuanto al consumo y crédito-deuda.

Biografía del autor/a

Inês Hennigen, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Psicologia pela PUCRS, docente do PPG em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Citas

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Taxas de juros - Pessoa Física - Cartão de crédito rotativo regular. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estatisticas/reporttxjuros/?path=conteudo%2Ftxcred%2FReports%2FTaxasCredito-Consolidadas-porTaxasAnuais.rdl&nome=Pessoa%20F%C3%ADsica%20-%20Cart%C3%A3o%20de%20cr%C3%A9dito%20rotativo%20regular&parametros=tipopessoa:1;modalidade:202;encargo:101&exibeparametros=false&exibe_paginacao=false. Acesso em: 19 dez. 2018.

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 2006.

BAUMAN, Zygmunt. Vida a crédito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.

BORGES, Ângela; CUNHA, Joacir. Entrevista com Maria Lucia Fattorelli. Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades, Salvador/Recife, n. 242, 769-777, 2017.

BRASIL. Decreto nº 7.397, de 22 de dezembro de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7397.htm. Acessado em: 21 nov 2018.

BRASIL. ENEF. Disponível em: http://www.vidaedinheiro.gov.br/.Acessado em: 21 nov. 2018.

CARDOSO, Letycia. Brasil tem taxa de juros do cartão de crédito mais alta do mundo. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/economia/brasil-tem-taxa-de-juros-do-cartao-de-credito-mais-alta-do-mundo-23005528.html. Acesso em: 19 dez. 2018.

CHESNAIS, François. Mundialização: o capital financeiro no comando. Revista Outubro, v. 5, 7-28, 2001.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor - novembro 2018. Disponível em: http://cnc.org.br/central-do-conhecimento/pesquisas/economia/pesquisa-de-endividamento-e-inadimplencia-do-consumido-10. Acesso em: 19 dez. 2018.

DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2008.

DOWBOR, Ladislau. A crise financeira sem mistérios. Carta Maior, 11 fev. 2009. Disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/A-crise-financeira-sem-misterios-convergencia-dos-dramas-economicos-sociais-e-ambientais/7/14690. Acesso em: 13 dez. 2018.

FONTENELLE, Isleide Arruda. Cultura do consumo: fundamentos e formas contemporâneas. São Paulo: FGV Editora, 2017.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1 – a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1999.

FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FOUCAULT, Michel. A ética do cuidado de si como prática de liberdade. In: MOTTA, Manoel Barros da (Org.). Ditos e escritos V: Ética, Sexualidade, Política. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2010a, 264-287.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Martins Fontes, 2010b.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010c.

FRAGA, Armínio; TAFNER, Paulo. Previdência: Por que reformar? Por que agora? Folha de São Paulo, 11 nov. 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/previdencia-por-que-reformar-por-que-agora.shtml. Acesso em: 19 dez. 2018.

GUTTMANN, Robert; PLIHON, Dominque. O endividamento do consumidor no cerne do capitalismo conduzido pelas finanças. Economia e Sociedade, Campinas, vol. 17, n. especial, 575-610, dez. 2008.

HARDT, Michel; NEGRI, Antonio. Declaração – Isto não é um manifesto. São Paulo: n-1 Edições, 2014.

JUNGES, Márcia; CHAVES, Leslie. O “homem endividado” e o “deus” capital: uma dependência do nascimento à morte. Entrevista especial com Maurizio Lazzarato. Revista IHU-On-line, 28 jun. 2015. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/543983-o-homem-endividado-e-o-deus-capital-uma-dependencia-do-nascimento-a-morte-entrevista-especial-com-maurizio-lazzarato. Acesso em: 07 mar. 2018.

LARROSA BONDÍA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, 20-28, 2002.

LARROSA BONDÍA, Jorge. Elogio da escola. Belo Horizonte: Autêntica.

LAZZARATO, Maurizio. Sobre a crise: finanças e direitos sociais (ou de propriedade). Lugar Comum, 27, 83-90, 2009.

LAZZARATO, Maurizio. O governo do homem endividado. São Paulo: n-1 Edições, 2017.

MACHADO, Dyonelio. Os ratos. São Paulo: Editora Planeta, 2004.

MACHADO, Ricardo. Brasileiro já nasce devendo em torno de R$ 27 mil da dívida pública. IHU On­Line, 14 out. 2016. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/559924-brasileiro-ja-nasce-devendo-em-torno-de-r-27-mil-da-divida-publica-entrevista-especial-com-carmen-cecilia-bressane#. Acesso em: 19 dez. 2018.

MACHADO, Ricardo. A política da dívida é a “verdadeira” biopolítica. Entrevista especial com Maurizio Lazzarato. Revista IHU-On-line, 12 out. 2017. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/572574-a-politica-de-guerra-da-divida-entrevista-especial-com-maurizio-lazzarato. Acesso em: 07 mar. 2018.

MARQUES, Cláudia Lima. Sugestões para uma lei sobre o tratamento do superendividamento de pessoas físicas em contratos de crédito ao consumo. In: MARQUES, Cláudia Lima; CAVALLAZZI, Rosângela. (Org.). Direitos do consumidor endividado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 255-309.

MOREIRA, Filipa Ramos. O consumo e o crédito na sociedade contemporânea. Gestão e Desenvolvimento, Viseu, Portugal, v. 19, 91-114, 2011.

MUTZ, Andresa Silva da Costa. A constituição do sujeito contemporâneo do consumo: aprender a comprar bem, para comprar sempre. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

PROCON PORTO ALEGRE. Manual do consumidor consciente. Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre.

RESENDE, Thiago; FERNANDES, Talita. Capitalização da Previdência pode ter gestão como a do Tesouro Direto. Folha de São Paulo, 11 jan. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/capitalizacao-da-previdencia-pode-ter-gestao-como-a-do-tesouro-direto.shtml. Acesso em: 11 jan. 2019.

SRNICEK, Nick. Platform capitalism. Cambridge: John Wiley & Sons, 2017.

Publicado

2019-10-22