Aspectos de la dimensión discursiva de la memoria nostálgica: un análisis de editoriales de la revista Ferrovia
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2020v17n1p4376Resumen
El presente artículo se centró en el estudio de la manifestación de la nostalgia en el discurso y en la delimitación de aspectos subjetivos de la misma como fenómeno sígnico e ideológico. El estudio discursivo de este fenómeno, desde el punto de vista teórico del Círculo de Bakhtin, se afianza en el hecho de que la nostalgia, universal y contundente, no puede ser compartida y tampoco vivida si no lo es a través de signos y, consecuentemente, de enunciados. Para estos fines, se hizo uso de un corpus de investigación notoriamente nostálgico que cuenta con 106 editoriales de la Revista Ferrovia publicados entre 1935 y 2017. De entre todos, tres tuvieron su análisis en detalle a fin de resaltar el vínculo del enunciado nostálgico con el tiempo histórico en que se vive. La síntesis de esto genera un poderoso efecto catártico que se perpetúa en las esferas de la actividad humana como instrumento para soportar un presente de penurias/amarguras.
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