¿"Racializar" los estudios lingüisticos o cuestionar el verbo "racializar"?

Autores/as

  • Gabriel Nascimento Universidade Federal do Sul da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2022.e84761

Resumen

Es muy común, especialmente en esta serie actual de investigadores de los estudios lingüísticos, el uso de la palabra "racializar" como problematización del racismo en los estudios lingüísticos en general. Gran parte de estos usos también se han producido en el Norte global, con el uso de términos como racing a language (ALIM, 2016), que Severo (2019) denomina como "lingüistificación de la raza" o "discursivización racial de la lengua". Sin embargo, la palabra que más ha crecido es precisamente el término "racializar" que, entre sus usos más diversos, se ha utilizado como una forma positiva de marcar el sujeto blanco y el racismo detrás de las instituciones. Yo mismo, en Nascimento (2019), lo propuse racializar la blancura en el discurso. En este ensayo propongo debatir críticamente los más diversos usos de la racialización para, a partir de ahí, proponer una crítica del término, en vista de sus límites.

Citas

ABRALIN. Abralin ao vivo. 2021. Disponível em: https://aovivo.abralin.org/. Acesso em: 26 jan. 2022.

ALCOFF, L.M. The future of whiteness. Cambridge:Polity Press, 2015.

ALIM, H.S. Who’s Afraid of the Transracial Subject? Raciolinguistics and the Political Project of Transracialization. In: ALIM, H. S.; J. R. RICKFORD; BALL, A. F. Ball. (org.). Raciolinguistics: How Language Shapes Our Ideas about Race. New York: Oxford University Press, 2016. p 33-40.

ANDERSON, B. Comunidades imaginadas:reflecções sobre a origem e a expansão do nacionalismo. Lisboa: Edições 70, 1991.

APPIAH, K. A. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

AUSTIN, J. L. How to do things with words.London: Oxford Univerity Press, 1962.

BENTO, M. A. S. Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. 2002. Tese (Doutorado) – São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade, São Paulo, 2002.

CANAGARAJAH, S.; LIYANAGE, I. Lessons from pre-colonial multilingualism. In:BLACKLEDGE, A.; CREESE, A. The Routledge Handbook of Multilingualism. London: Routledge, 2012.p. 44-65.

CARDOSO, L.Retrato do branco racista e anti-racista.2010. 24f. Disponível em:http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/viewFile/1279/1055. Acesso em: 25 jun 2019.

CESAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Porto: Cadernos para o diálogo, 1971.

CRENSHAW, K. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum,n.1, 1989.

DERRIDA, J. Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 1973.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUFBA, 2008.

GATES JR., H.L. The Signifying Monkey:a Theory of African-American Literary Criticism, Oxford University Press, 1988.

GILROY, P. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência, São Paulo, Rio de Janeiro, 34/Universidade Cândido Mendes – Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.

HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2003.

IRVINE, J. T., AND GAL, S. Language Ideology and Linguistic Differentiation. In: KROSKRITY, P. V. (org.). Regimes of Language: Ideologies, Politics, and Identities Santa Fe, NM: School of American Research Press, 2000. p. 35-83.

KROSKRITY, P.V. Language ideologies. In: DURANTI, A. A Companion to Linguistic Anthropology. Malden: Blackwell, 2004. p. 496-517.

LADSON-BILLINGS, G.; TATE, W. Toward a Critical Race Theory of Education. Teachers College Record, n. 97. 47-68, 1995.

LUCCHESI, D. A deriva secular na formação do português brasileiro: uma visão crítica. In: LOBO, T. et al. (org.). ROSAE: linguística histórica, história das línguas e outras histórias. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 249-274.

MACHADO , L. Frente Negra: a história do movimento que apoiava o integralismo e foi pioneiro do ativismo negro no país. BBC News Brasil, 13 jul. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53000662. Acessoem: 26 jan. 2022.

MAKONI, S.; PENNYCOOK, A. Disinventing and Reconstituting Languages. In: MAKONI, S.; PENNYCOOK, A. (org.). Disinventing and Reconstituting Languages. Clevedon: Multilingual Matters, 2007. p. 01-41.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra.Lisboa: Antígona, 2014.

MENEZES DE SOUZA, L.T.M. Glocal Languages, Coloniality and Globalization from below. In: GUILHERME, M.; SOUZA, L.M.T. (org.). Global languages and Critical Intercultural Awareness. Nova Iorque: Routledge, 2018. p. 01-24.

MODESTO, Rogério. Uma história das ideias linguísticas no Brasil: o debate sociolinguístico em torno do conceito de Transmissão Linguística Irregular. Língua e Instrumentos Linguísticos, v. 36, p. 89-118, 2015.

MOREIRA, C. branquitude é branquidade? uma revisão teórica da aplicação dos termos no cenário brasileiro. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 6, n. 13, p. 73-87, 2014.

MOURA, C. Rebeliões na senzala:quilombos, insurreições, guerrilhas. 5. ed. São Paulo, Anita Garibaldi, 2014.

MUDIMBE, Valentin Yves. A invenção de África:gnose, filosofia e a ordem do conhecimento. Mangualde (Portugal), Luanda: Edições Pedago; Edições Mulemba, 2013.

MUNANGA, K . Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

NARO, A. J.; SCHERRE, M. M. P. Origens do português brasileiro.São Paulo: Parábola, 2007.

NASCIMENTO, G.; WINDLE, J. The Unmarked Whiteness of Brazilian Linguistics: From Black-as-Theme to Black-as-Life. Journal of Linguistic Anthropology, v. 31, p. 283-286, 2021.

NASCIMENTO, G. Entre o lócus de enunciação e o lugar de fala: marcar o não-marcado e trazer o corpo de volta na linguagem. Trabalhos em linguística aplicada, v. 60, p. 58-68, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661808. Acesso em: 26 jan. 2022.

NASCIMENTO, G. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento Editorial, 2019.

OYEWUMI, O. The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. University of Minnesota Press, 1997.

RANGER, T. The invention of tradition in colonial Africa. In: HOBSBAWM. E.; RANGER, T.(org.). The Invention of Tradition. Cambridge: Cambridge University Press, 1983. p. 211-262.

ROBINSON, C. Black Marxism: The Making of the Black Radical Tradition. University of North Carolina Press, 1983.

ROSA, J.; FLORES, N. Unsettling race and language: Toward a raciolinguistic perspective. Language in Society,v.46, n.5, p. 621-647, 2017.

SEVERO, C. G. A biopolítica da língua no Brasil: eugenia, mestiçagem e racismo. In: BUTTURI JUNIOR, A. et al. (org.).Foucault e as práticas de liberdade I: o vivo e o seus limites. Campinas, SP: Pontes Editoras, 2019. p.1-30.

SILVERSTEIN, M. Shifters, linguistic categories and cultural descriptions. In: BASSO, K. H.; SELBY, H. A. Meaning in Anthropology. University of New Mexico Press, 1976.

SMITHERMAN, G. Ebonics, King, and Oakland: Some folk don’t believe fat meat is greasy. Journal of English Linguistics, n. 26, p.97-107, 1998.

TURRA, C.; VENTURI, G. Racismo cordial: a mais completa análise sobre preconceito de cor no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.

UNESCO. A declaração das raças da UNESCO [18 de julho de 1950].Disponível em: http://www.achegas.net/numero/nove/decla_racas_09.htm.Acesso em: 26 jan. 2022.

Publicado

2022-02-15