Produção de sentidos em torno de uma imagem ausente: a propósito da condução coercitiva de Lula no âmbito da Operação Lava Jato
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14nespp2471Resumo
Em março de 2016, o ex-presidente Lula foi conduzido de forma coercitiva pela Polícia Federal a fim de prestar depoimento sobre seu envolvimento em atividades suspeitas investigadas pela Operação Lava Jato. Tendo sido proibida a filmagem ou qualquer outro registro da condução coercitiva, a mídia nacional passou a trabalhar nas margens dessa “imagem negada”. No presente trabalho, investigamos os processos de produção de sentidos em torno da “imagem ausente” através de outras imagens e materialidades que circularam no jogo discursivo-midiático em torno da desestabilização/estabilização de evidências sobre os acontecimentos de quatro de março. Para tanto, foram fundamentais os conceitos de falta, excesso e estranhamento, mobilizados por Ernst. Partimos da hipótese de que, respondendo à falta do registro imagético, estabeleceu-se uma profusão de outras discursivizações imagéticas, audiovisuais e/ou verbais.
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