“Era una imagen hermosa que se convierte en una imagen de Salvador Dalí, todo se derrite”: las emociones en una narrativa de violencia institucional de género

Autores/as

  • Marília Araujo Fernandes Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2024.e96143

Palabras clave:

Emociones, Narrativa, Violencia de género

Resumen

: El presente trabajo pretende analizar cómo se construyen las emociones en una narrativa que denuncia la violencia perpetrada por un agente de seguridad pública en una Comisaría de Atención a la Mujer y qué mecanismos discursivos se movilizan en esa construcción. El marco teórico-analítico parte de la comprensión de que las emociones son un constructo sociocultural y que la narrativa es una práctica discursivo-interaccional situada. La metodología de estudio es de carácter cualitativo e interpretativo, además de considerar el trabajo etnográfico en línea. Los datos se generaron en una interacción vía Google Meet entre la investigadora, una asistente y la presidenta de un grupo virtual para mujeres sobrevivientes de violencia de género. Los resultados apuntan a construcciones que sacuden visiones sociales preestablecidas sobre la la humanización de la atención a las mujeres en comisarías especializadas.

Citas

ABU-LUGHOD, L; LUTZ, C. Introduction: emotion, discourse and the politics of everyday life, 1990. In: ABU-LUGHOD, L; LUTZ, C. (ed.). Language and the politics of emotion. Cambridge: Cambridge University Press. [tradução para fins didáticos de Patricia Reinheimer, 2022. p. 1-15.

ALMEIDA, S. Essa violência mal-dita. In: ALMEIDA, S. (org.). Violência de gênero e políticas públicas. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2007. p. 24-31.

AMARAL, R. M. “De lagarta a borboleta”: Protagonismo de mulheres com câncer de mama em redes sociais. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

ARAÚJO, M.F. “Violência de Gênero e Violência Contra a Mulher”. In: ARAÚJO, M.F. (org.). Gênero e Violência. São Paulo: Arte & &Ciência, 2004. p.17-35.

BANDEIRA, L.M. Violência de gênero: a construção um campo teórico e de investigação. Revista Sociedade e Estado, vol. 29, n. 2, p. 449-469, maio 2014.

BASTOS, L. C. Contando estórias em contextos espontâneos e institucionais – uma introdução ao estudo da narrativa. Calidoscópio, São Leopoldo, v. 3, n. 2, p. 74-87, 2005.

BASTOS, L. C.; BIAR, L. A. Análise de narrativa e práticas de entendimento da vida social. DELTA, São Paulo, v. 31, n. especial, p. 97-126, 2015.

BAUMAN, R. Story, Performance and Event. Contextual Studies of Oral Narratives. New York: CUP, 1986.

BLAY, E. A. Violência contra a mulher e políticas públicas. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, p. 87-98, set./dez. 2003.

BRASIL, Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2006. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 30 ago 2023.

BRASIL. Norma Técnica de Padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres Secretaria de Políticas para as Mulheres. Brasília, 2010.

CHAI, C; SANTOS, J; CHAVES, D. Violência institucional contra a mulher: o Poder Judiciário, de pretenso protetor a efetivo agressor. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM, Santa Maria, v. 13, n. 2, p. 640-665, ago. 2018.

DE FINNA, A. Identity in Narrative: a study of immigrant discourse. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Company, 2003.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (org.). Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2006.

FBSP – FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Violência Doméstica. Edição 04. São Paulo: FBSP, 2023.

HEILBORN, M; SORJ, B. Estudos de gênero no Brasil. In: MICELI, S (org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995), ANPOCS/CAPES. São Paulo: Ed Sumaré, 1999. p. 183-221.

HINE, C. Ethnography for the internet: embedded, embodied and everyday. Huntingdon, GBR: Bloomsbury Publishing, 2015.

LABOV, W. Language in the inner city: Studies in the Black Vernacular. Philadelphia: University of Philadelphia Press, 1972.

COELHO, M. Gênero, emoções e vitimização: percepções sobre a violência urbana no Rio de Janeiro. Sexualidad, Salud y Sociedad , Rio de Janeiro, n. 10, p. 10-36, 2012.

MASSULA, L. A violência e o acesso das mulheres à justiça: O caminho das pedras ou as pedras do (no) caminho. Observatório de Segurança, 2006. Disponível em: http://www.observatoriodeseguranca.org/files/leticiapdf.pdf" http://www.observatoriodeseguranca.org/files/leticiapdf.pdf. Acesso em: 30 ago. 2023.

MEDEIROS, L. Em briga de marido e mulher, o Estado deve meter a colher: políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica. Rio de Janeiro: Editora PUCRio, 2016.

MOITA LOPES, L. P. Da aplicação de linguística à linguística aplicada indisciplinar. In: PEREIRA; PILAR (org.). Linguística Aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2009, p. 11-24.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as Mulheres Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher (1995). Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wpcontent/uploads/2013/03/declaracao_beijing.pdf"https://www.onumulheres.org.br/wpcontent/uploads/2013/03/declaracao_beijing.pdf. Acesso em: 30 ago 2023.

REZENDE, C.; COELHO, M. Antropologia das emoções. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado e violência. 2.ed. São Paulo: Expressão popular, Fundação Perseu Abramo, 2015.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, jul./dez. 1995, p. 71-99.

SCOTT, M.; LYMAN, S. Accounts. American Sociological Review, v. 33, p. 46-62, 1968. Reprinted. In: BRISSET. D.; EDGLEY C. (ed.). Life as Theater: a Dramaturgical Sourcebook. New York: Routlegde, 1990. p. 219-238.

SEGATO, R. Las estructuras elementales de la violencia. Ensayos sobre género entre la antropología, el psicoanálisis y los derechos humanos. Bernal: Universidad de Quilmes, 2003.

SOARES, B. M. “Delegacia de atendimento à mulher: questão de gênero, número e grau”, in L. E. Soares et al., Violência e política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará/Ise, 1999.

TANNEN, D. Talking voices: repetition, dialogue and imagery in conversational discourse. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

TAQUETTE, S. Violência contra a mulher adolescente/jovem. Rio de Janeiro: Eduerj, 2007.

VICTORA, C.; COELHO, M. A antropologia das emoções: conceitos e perspectivas teóricas em revisão. Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 25, n. 54, p. 7-21, maio/ago. 2019.

Publicado

2024-09-06