Desenvolvimento do ensino remoto emergencial em uma instituição pública do ensino superior

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2022.e85831

Palavras-chave:

Ensino Remoto Emergencial, Adaptação de Docentes, Processo de Ensino Aprendizagem

Resumo

O ano 2020 teve uma realidade imposta e fora do controle da humanidade, tivemos que rever determinados comportamentos, bem como readequar a novos procedimentos, dentre estes, restrições quanto aos contatos sociais, de se manter em distanciamento social, tudo isso por conta de uma pandemia gerada pelo vírus COVID-19. Frente a essa realidade, as instituições de ensino sofreram com a suspensão das aulas e repensarem em uma nova forma de oferecer o ensino, surgindo, por autoridades da educação, o ensino remoto emergencial (ERE). Diante desse contexto, realizamos uma pesquisa na qual buscou entender como os docentes de uma instituição pública do ensino superior, adequaram suas atividades de ensino com a implantação do ERE. Para o desenvolvimento deste artigo trabalhamos uma abordagem majoritariamente qualitativa, utilizando da técnica de análise de conteúdo para apreciação dos dados coletados por meio de entrevistas com docentes da instituição, selecionados por meio da técnica bola de neve. Desse modo, evidenciamos que os docentes julgaram o ERE como necessário, afim de manter as atividades educacionais, não gerando maior prejuízo aos alunos. Porém, abordaram que é um ensino precarizado quando comparado a modalidade de ensino à distância, que em alguns momentos a instituição não trouxe uma discussão plena com a comunidade acadêmica sobre sua implantação, além de sentirem uma maior carga horária de trabalho do que no ensino presencial, por tentarem atender as demandas dos alunos bem como, estudar estratégias que auxiliem a maior interação dos alunos nas aulas virtuais.

Biografia do Autor

Maria Denise Nunes Rodrigues, UFLA - Universidade Federal de Lavras

Doutoranda em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Mestre em Controladoria e Administração pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Auditoria (UFC). Bacharel em Ciências Contábeis (UFC). Pesquisadora do grupo de pesquisa: Núcleo de Estudos em Organização, Gestão e Sociedade (NEORGS-UFLA). Professora Efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Coordenadora da área de Empreendedorismo e Incubadora na Pró Reitoria de Extensão do IFCE (2017-2018). Professora Associada da Associação Cearense de Estudos e Pesquisas (ACEP), com experiência de 10 anos nas áreas financeira e controladoria (2003 a 2013) na respectiva Associação, atuando de estagiária até gerente da controladoria.

Iasmin Ribeiro Diniz, UFLA - Universidade Federal de Lavras

Mestranda em Administração pela UFLA - Universidade Federal de Lavras. Graduada em Administração pelo Centro Universitário de Lavras - UNILAVRAS. Bolsista em Iniciação Científica na Universidade Federal de Lavras - UFLA de 2018 a 2019 com o projeto de pesquisa sobre Vida de Professores do Ensino Superior. Participante do Projeto de Pesquisa sobre Histórias de Vida de Docentes e Futuros Docentes da Educação Superior: Formação e Auto Formação de 2019 a 2020. Estagiária em Projetos e Melhoria Contínua (Qualidade) na VETBR Saúde Animal de 2016 a 2018.

Mônica Carvalho Alves Cappelle, UFLA - Universidade Federal de Lavras

Graduada em Administração pela Universidade Federal de Lavras- UFLA (1999), possui Mestrado em Administração por essa mesma Universidade (2002) e Doutorado em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2006). Tem experiência na área de Administração com ênfase em Estudos Organizacionais, Metodologia de Pesquisa e Gestão de Pessoas atuando principalmente nos seguintes temas: relações de trabalho, relações de gênero, subjetividade, identidade, cultura, carreira, relações de poder e poder disciplinar. Atualmente é professora associada do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras e pesquisadora líder do grupo de pesquisa NEORGS- Núcleo de Estudos em Organizações, Gestão e Sociedade. Foi membro da Câmara de Ciências Sociais Aplicadas da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) de 2012 a 2016 na qual esteve como coordenadora nos anos 2013 e 2014. Foi líder do tema Gênero e Diversidade da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD), área de Estudos Organizacionais por cinco mandatos (2011-2015).

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Publicado

2022-08-08

Edição

Seção

Artigos