Mudança organizacional e as reações dos servidores após a implantação do REUNI

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2019v12n3p86

Resumo

O principal objetivo deste estudo foi identificar e analisar as reações dos servidores às mudanças ocorridas pela implantação do REUNI em uma universidade federal. Após 10 anos de inicio da implantação do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), muitas mudanças ainda se percebem em curso nestas instituições. A fim de alcançar tal objetivo foi realizado um estudo de caso em uma Universidade Federal que, com o advento do REUNI, transformou sua escola técnica vinculada em campus universitário. Os dados foram coletados por meio de 61 questionários e 14entrevistas semiestruturadas com servidores pertencentes ao quadro funcional de antes da mudança ocorrida. As análises foram por estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados indicaram que as mudanças ocorreram nas perspectivas apontadas por Motta (2001): estratégica, estrutural, tecnológica, humana, cultural e política. Não existiu uma comunicação eficiente por parte dos gestores da mudança, e também houve participação pequena do servidor no planejamento. Não se observaram resistências ativas durante o processo de mudança diante do contexto apresentado, mas sim a aceitação à mudança por parte dos servidores pesquisados.

Biografia do Autor

Rafael Matias de Abreu, Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal

Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal de Viçosa

Adriana Ventola Marra, Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal

Doutora em Gestão de pessoas e comportamento humano nas organizações pela Universidade Federal de Minas Gerais

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.

BARON, Robert A.; GREENBERG, Jerald. Behavior in organizations: understanding and managing the human side of work. 3.ed. Londres: Allyn and Bacon, 1989, p.559-596.

BORTOLOTTI, S. L. V. Resistência à mudança organizacional: medida de avaliação por meio da teoria da resposta ao item. Tese de doutorado. Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. O que é REUNI. Brasília, 2010. Disponível em: http://reuni.mec.gov.br/o-que-e-o-reuni. Acesso em: 27 nov. 2016.

CHAVES, Rosana Costa. Resistência à mudança: um estudo das relações entre moderadores individuais e organizacionais, atitudes e comportamentos de servidores de uma instituição pública em processo de mudança. 2005.185f. Dissertação (Mestrado em Administração). Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração, Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.

CRESWELL, J. W. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

CUNHA, Miguel Pina e; REGO, Arménio. As duas faces da mudança organizacional: planejada e emergente. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, v.1, n. 2, Jul./Set. 2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

HERNANDEZ, J. M. C.; CALDAS, M. P. Resistência à Mudança: uma Revisão Crítica. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2, abr-jun, p.31-45, 2001.

JUDSON, Arnold S. Relações Humanas e mudanças organizacionais. São Paulo: Atlas, 1980, p. 27-175.

MARQUES, A. L. BORGES, MORAIS, K.; SILVA, M. C. Relações entre resistência à mudança e comprometimento organizacional em servidores públicos de Minas Gerais. RAC, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, art. 3, pp. 161-175, Mar./Abr. 2014.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR. Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, 2010. Disponível em: http://reuni.mec.gov.br/. Acesso em: 27 set. 2017.

MORGAN, Garet. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2006.

MOTTA, Paulo R. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

NOGUEIRA, Márcia F. L. Mudança organizacional: causas e formas de resistência, um estudo da Universidade Federal do Ceará. Dissertação (mestrado em Administração). Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1991.

PECCEI, R.; GIANGRECO, A.; SEBASTIANO, A. The role of organizational commitment in the analysis of resistance do change: co-predictor and moderator effects. Personnel Review, v. 40, n. 2, p. 185-204, 2001.

PIDERIT, S. K. Rethinking resistance and recognizing ambivalence: a multidimensional view of attitudes toward an organizational change. Academy of management review, v. 25, n. 4, p. 783-794, 2000.

PIRES, J. C. S.; MACEDO, K. B. Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. Rio de Janeiro, 2006.

RAINEY, H.G.; BOZEMAN, B. Comparing public and private organizations: empirical research and the power of the a priori. Journal of Public Administration Research and Theory, v. 10, n. 2, p. 447-469, Apr. 2000.

RICHARDSON, R.J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SEIJTS, G. H.; ROBERTS, M. The impact of employee perceptions on change in a municipal governement. Leadership & Organization Development Journal, v.32, n.2, p. 190-213, 2011.

WOOD JR, Thomaz. Mudança organizacional: uma introdução ao tema. In: WOOD JR., Thomaz. Mudança organizacional. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

WOOD JR., Thomaz. Mudança organizacional: uma abordagem preliminar. RAE. São Paulo, v. 32, n. 3, p. 74-87, jul./ago. 1992.

YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Bookmam, 2001.

Publicado

2019-09-02

Edição

Seção

Artigos