O mundo lá fora: o cinema direto e o novo jornalismo

Autores

  • Julio Bezerra Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2010v7n2p424

Resumo

 

A proposta desse artigo é traçar um movimento de aproximação e estranhamento entre o cinema direto e o novo jornalismo americanos. Ambos os movimentos foram fortemente influenciados pela literatura realista de Flaubert, Dickens, e outros; fizeram uso de recursos ficcionais para tratar de fatos e personagens; alimentaram questionamentos éticos; e se afirmavam a partir de uma série de premissas a respeito do “real”. Em uma tentativa de capturar a realidade por meio de novos formatos, jornalistas e cineastas chamaram a atenção para os seus processos e estilos. De um lado, essas experimentações pareciam radicais; mas, do outro, por mais revolucionários que pudessem parecer, os movimentos funcionavam a partir de uma visão conservadora e tradicional do que vem a ser o “real” e a possibilidade de representá-lo.

Biografia do Autor

Julio Bezerra, Universidade Federal Fluminense

É doutorando em Comunicação pelo PPGCOM/UFF. Mestre em Comunicação e Cultura pela ECO-UFRJ (2008), com especialização em Cinema Documentário pela FGV (2006), e possui graduação em Comunicação pela PUC-Rio (2003). Atualmente é repórter e crítico de cinema na Revista de Cinema (www.revistadecinema.com.br), e editor de texto da Revista de História da Biblioteca Nacional (www.revistadehistoria.com.br). Escreve sobre cinema para a Cinética (www.revistacinetica.com.br) e mantém um blogue sobre a sétima arte, Kinos (www.cinekinos.blogspot.com). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria da Comunicação e Comunicação Visual, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento contemporâneo, estética, cinema, documentário e jornalismo.

Downloads

Publicado

2010-10-03

Edição

Seção

Temas Livres