Quem pode testemunhar a vida de uma presidenta? A construção de perfis sobre Dilma na revista piauí
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2023.e91978Palavras-chave:
Testemunho, piauí, gêneroResumo
Este trabalho analisa a construção discursiva de dois perfis sobre Dilma Rousseff, produzidos pela revista piauí e republicados na antologia “Vultos da República”. São textos construídos no período pré-eleitoral, em 2009, mas que, por circularem novamente em antologias, a partir de 2010, tornam-se documentos históricos sobre a cobertura jornalística e a representação de fatos e pessoas. Proponho uma relação entre narrativa e análise de discurso francesa, no sentido de identificar de que maneira testemunhos da personagem perfilada e dos outros, como fontes jornalísticas, constituem-se ferramentas ideológicas na construção de uma narrativa que cristaliza imagens sobre gênero e sobre a primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil. Embora piauí tenha características estilísticas distintas do restante da imprensa, discursivamente as imagens e os testemunhos são semelhantes à mídia tradicional.
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