Las intersecciones de raza y clase en la cobertura de los feminicidios en la prensa brasileña

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2024.102046

Palabras clave:

Feminicidio, Cobertura periodística, Interseccionalidad

Resumen

Dado el elevado número de feminicidios que ocurren en Brasil, en 2023 fueron asesinadas 1.463 mujeres, la mayoría de ellas negras (61,1%), este artículo analiza los diferentes tratos de la prensa brasileña a las distintas víctimas de este crimen de género, relacionados a cruces étnico-raciales y de clase. Para comprender este sesgo recurrimos a Lélia González (2020), quien habla de la triple discriminación que sufren las mujeres negras en el contexto brasileño. Destacamos también el concepto de interseccionalidad (Crenshaw, 2004; Collins; Bilge, 2020) que nos ayuda a pensar en la especificidad de este crimen contra mujeres negras, periféricas y pobres. Para este análisis comparamos datos de cobertura de dos feminicidios, el de Adriana Costa Alvarenga, mujer negra; y Thallita Cruz Fernandes, una mujer blanca. El análisis destaca la forma desigual y desproporcionada en la que se reportan los feminicidios, entre mujeres blancas y mujeres racializadas, invisibilizando a estas últimas en la cobertura.

 

Biografía del autor/a

Lorena de Andrade Trindade, Universidade de São Paulo

Lorena de Andrade Trindade: Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA - USP). E-mail: lorena.trindade@usp.br

Cláudia Lago, Universidade de São Paulo

Professora da Escola de Comunicações e Artes, no departamento CCA, e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo.

Maria Aparecida Ferrari, Universidade de São Paulo

Professora Associada II da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e professora do quadro permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2024-12-30