Um jornalismo de subjetividade e a sensibilização na formação do jornalista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2019v16n2p144

Resumo

Este artigo tem como objetivo central refletir sobre a necessidade da inclusão de temáticas sensíveis à alma e à moral humana na formação de jornalistas e a importância da subjetividade na construção das narrativas e produções oriundas desse campo de conhecimento, que é o jornalismo. Para isso, como primeiro objetivo, nos propomos a discutir sobre a importância de uma graduação que proporcione um conhecimento epistemológico, cognitivo e interdisciplinar para o estudante (SANDANO, 2015). Após, refletimos sobre o jornalismo de subjetividade (MORAES, 2015) como possibilidade para um campo, prática e produção mais sensível, humanizada e dialética, que privilegia o Outro, bem como o conhecimento intelectual e interdisciplinar. Para complementar a reflexão e contextualizar as discussões, foi elencado como objeto empírico o livro-reportagem O nascimento de Joicy, de Fabiana Moraes. Essa escolha, portanto, nos revela o segundo objetivo do artigo que é uma breve reflexão sobre a inserção da temática gênero e sexualidade nos currículos dos cursos de jornalismo.

Biografia do Autor

Caroline Roveda Pilger, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - PPGCOM

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e bolsista integral Capes. Mestre em Processos e Manifestações Culturais (Universidade Feevale) e graduada em Jornalismo (Universidade Feevale). E-mail: carolpilger@gmail.com

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Publicado

2019-11-11