O apagamento do correspondente estrangeiro no local do acontecimento telejornalístico: a passagem comensalista e a editorialização da notícia narrada à distância

Autores

  • Sean Hagen Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2015v12n1p98

Resumo

 

A co-presença no acontecimento confere credibilidade ao jornalismo e ao jornalista frente às informações que publicizam. Essa ação é intensificada na passagem do repórter, espaço de afirmação e confirmação do fato narrado no telejornal. É no sentido de “construção de presença” – tipologia da reportagem definida por Fechine e Lima (2008) – que isso mais bem se percebe. Os telejornais da Rede Globo, no entanto, criaram uma nova função para a passagem do correspondente estrangeiro: em vez da ação de presenciar o acontecimento e narrar in loco, empregam uma abordagem editorializada e reforçam o viés político/econômico/cultural que a Rede Globo tem sobre determinados fatos estrangeiros. Essa prática constitutiva da reportagem é definida como passagem comensalista.

Biografia do Autor

Sean Hagen, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

professor de jornalismo e midias audiovisuais da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação UFRGS

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Publicado

2015-04-17

Edição

Seção

Núcleo Temático