Os testemunhos na cobertura jornalística do caso Kiss: transbordamento emocional e provas de verdade

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DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2016v13n1p77

Resumo

 

O artigo analisa a participação dos testemunhos na cobertura jornalística de televisão ao vivo do incêndio da boate Kiss, em 2013. Buscamos compreender os papéis desempenhados pelas fontes testemunhais na cobertura e discutir como o efeito patêmico presente nos testemunhos colabora não só para a visada de captação, como também para a de informação. Para isso, analisamos as entradas ao vivo veiculadas pela Rede Globo de Televisão e sua afiliada RBS TV, nos dias 27, 28 e 29 de janeiro de 2013, a partir da sistematização de Charaudeau (2010) sobre os meios discursivos de provar a verdade (designação, reconstituição e elucidação) e de conferir emoção (efeito patêmico). Verificamos o predomínio das provas de verdade (66,6%), porém concluímos que dado ao contexto trágico do acontecimento, o efeito patêmico está presente até mesmo nos enunciados da visada da informação. Da mesma forma, observamos que as sequências classificadas como patêmicas também apresentam provas de verdade.

Biografia do Autor

Juliana Motta, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Jornalista e Mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Márcia Franz Amaral, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS com pós-doutoramento pela Universitat Pompeu Fabra (Espanha) e bolsista do CNPq.

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Publicado

2016-11-25