O jornalismo sob o prisma de gênero: discurso e produção de sentidos na relação texto-leitor

Autores

  • Pâmela Caroline Stocker Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2018v15n2p20

Resumo

Concebendo gênero como uma categoria analítica, epistemológica e perpassada pelo conceito de poder (SCOTT, 1995; BONETTI, 2011) e o jornalismo e sua relação com os leitores lócus privilegiado de produção e circulação de valores culturais em nossa sociedade, este estudo ampara-se nos estudos feministas pós-estruturalistas e no aporte teórico-metodológico da Análise de Discurso (AD) para analisar os sentidos produzidos pelos leitores em 927 comentários no Facebook oriundos de duas reportagens jornalísticas que tratam sobre identidade de gênero e transexualidade.  Observando essa relação entre texto e leitor sob o prisma de gênero, percebeu-se que os sentidos ligados à empatia surgiram apenas a partir da reportagem construída com viés mais próximo ao que denominamos como valores do feminino. Ao abrir espaço para a subjetividade e para a emoção, o texto produziu sentidos relacionados à empatia em mais de 44% do público, abrindo brechas de encontro com o Outro.

Biografia do Autor

Pâmela Caroline Stocker, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Jornalista, mestra e doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Estuda os atravessamentos de  gênero e a produção de sentidos que decorre da relação texto-leitor no jornalismo. Atua no Aquenda – núcleo de estudos em Comunicação, gênero e interseccionalidades. E-mail: pamelastocker@gmail.com

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Publicado

2019-01-16