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a evolução do espaço de publicidade no rádio sob a ótica regulatória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2020v17n2p45

Resumo

O presente artigo relata e analisa a evolução do percentual de tempo dedicado à publicidade no rádio brasileiro sob o ponto de vista legal. Compreende o período que se iniciou em 1917 e permanece até os dias atuais, no qual os limites entre conteúdos editoriais e comerciais mostram-se cada vez mais tênues. Emprega o método de análise documental à luz de Bardin (2011) e vale-se das visões de Lopes (1957, 1970) e de Chagas (2012) no âmbito da história política da radiodifusão, de Reis (2008) e de Ferraretto (2015) sobre formatos comerciais e de Kischinhevsky (2016) no que tange à expansão do rádio em múltiplas plataformas. Conclui que a forma como a legislação brasileira estabelece a carga comercial de uma emissora carece de modificação, a fim de se adequar ao processo de convergência midiática.

Biografia do Autor

Fernando Morgado, Faculdades Integradas Hélio Alonso

Mestre em Gestão da Economia Criativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Rio), professor das Faculdades Integradas Hélio Alonso e coordenador-adjunto do Núcleo de Estudos de Rádio (NER) da UFRGS.

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Publicado

2020-12-18