Entrevista com Antonino Infranca: a concepção de trabalho no pensamento de Lukács
Resumo
György Lukács (1885–1971) desenvolveu vasta obra teórica, em consonância com sua trajetória intelectual e política. As produções teóricas do filósofo húngaro que mais receberam atenção do debate acadêmico foram os textos e as obras sobre crítica literária e estética. No interior da análise marxista e nas ciências sociais, a obra História e Consciência de Classe (1923) teve ampla repercussão e foi alvo das mais variadas interpretações. Já a Ontologia do Ser Social, na época de suas primeiras publicações, apareceu em período em que a tradição marxista e as experiências de transição socialista estavam em processo declinante. Isso explica parcialmente porque, tanto no Brasil quanto no mundo, a obra da maturidade de Lukács ainda é pouco conhecida e analisada, salvo os esforços de alguns estudiosos do pensamento do filósofo húngaro, dentre eles Antonino Infranca que nos concedeu esta entrevista.
O objetivo da entrevista é abordar a concepção de trabalho no pensamento de Lukács, em especial apresentar algumas indicações sobre o que o autor analisa em seu livro Trabalho, indivíduo e história: o conceito de trabalho em Lukács, recentemente publicado no Brasil pela Editora Boitempo.
Antonino Infranca nasceu em Trápani (Itália) em 1957. Formou-se em Filosofia pela Universidade de Palermo (1980), especializou-se em filosofia pela Universidade de Pavia (1985). Em 1989 obteve seu PhD pela Academia Húngara de Ciência e recebeu a medalha Lukács pela pesquisa filosófica que realizou no Arquivo Lukács de Budapeste. Escreveu inúmeros Ensaios sobre Lukács, Bloch, Gentile, Gramsci, Dussel, Croce, Kerényi e Heidegger, como também sobre a filosofia da libertação e a história da Sicilia. É autor de: Giovanni Gentile e la Cultura siciliana (Roma, L´Ed, 1990); Tecnecrate. Dialogo (Roma, Arlem, 1998, publicado no Brasil pela Práxis em 2004, com o título de Tecnécrates; em espanhol, 2004); El otro occidente. Siete ensayos sobre la realidade de la Filosofia de la Liberácion (Buenos Aires, Antidoto, 2000; trad. al francês em 2004; em italiano 2010; em português, Bauru, Praxis, 2014); Los filósofos y las mujeres (Buenos Aires, Topía, 2006; em italiano, 2010). Coeditor de György Lukács: Testamento Político y otros escritos sobre política y filosofía (2003; em italiano 2015); György Lukács – Ontología del ser social: El Trabajo (Buenos Aires, Herramienta, 2004) e György Lukács – Ontología del ser social: La Alienación (Buenos Aires, Herramienta, 2013); György Lukács: Ética, Estética y Ontología (Buenos Aires, Herramienta, 2007) e Antonio Gramsci, Cronicas de Turin, (Buenos Aires, Gorla, 2014).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Esta licença permite copiar, distribuir e reproduzir em qualquer meio, bem como adaptar, transformar e criar a partir deste material, desde que para fins não comerciais e que seja fornecido o devido crédito aos autores e a fonte, inserido um link para a Licença Creative Commons e indicado se mudanças foram feitas. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou um capítulo de livro).