Conservadorismo como instrumento capitalista em tempos de barbárie

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02592020v23n2p256

Resumo

As discussões apresentadas no presente artigo visam oferecer apontamentos críticos para o debate das particularidades da barbárie social em nossa atual conjuntura. O objetivo do estudo tem como pano de fundo as implicações provocadas socialmente com a implantação do capitalismo na busca pela manutenção da ordem vigente hegemônica. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa utilizando autores renomados, além de websites como fonte de embasamento. O mesmo estrutura-se a partir de uma breve análise acerca do capitalismo, posteriormente abordaremos o conservadorismo como instrumento do capital e, por fim, apresentamos algumas de suas expressões na contemporaneidade. O estudo possibilitou apontar que tal fenômeno constrói uma verdadeira barbárie social, compreendida como uma naturalização das expressões da questão social, desprezo por imigrantes, supressão de direitos, antagonismo aos direitos humanos, discriminação de raça, gênero, religião e sexualidade, entre outros, configurando-se uma verdadeira banalização da vida humana.

 

Biografia do Autor

Segislane Moésia Pereira da Silva, Universidade Federal da Paraíba -UFP

Mestranda em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas pela Universidade Federal da Paraíba. Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal de Campina Grande.

Marlene Helena de Oliveira França, Universidade Federal da Paraíba

Profa. Adjunta do Departamento de Habilitação Pedagógica/CE/UFPB. Profa. do PPGDH e vice-coordenadora do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB. Coordenadora do Projeto de Pesquisa/CNPq: "Um Estudo Sobre Criminalidade Feminina e Prisão: A Interface com a Violência de Gênero". Avaliadora do INEP/MEC (Curso de Direito e Serviço Social).

Valnise Verás Maciel, Universidade Federal da Paraíba - UFP

Mestranda em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas da Universidade Federal da Paraíba. Graduada em direito pela Associação Paraibana de Ensino Renovado- ASPER.

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Publicado

2020-05-15