Direitos e seguridade social em tempos neoliberais: contradições e desafios feministas

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02592020v23n2p309

Resumo

As políticas de ajustes neoliberais no Brasil avançam sobre a Seguridade Social porque tem um pressuposto: a exploração do tempo, dos corpos e do trabalho das mulheres das classes subalternas. Desta compreensão, este artigo tem como objetivo refletir sobre os desafios feministas quanto à direção das lutas em torno da proteção social para as mulheres numa conjuntura em que se acirram as políticas neoliberais e o desmonte da Seguridade Social. A partir de ampla revisão bibliográfica e análise de documentos no doutorado, que versaram sobre as contradições em torno da conquista à aposentadoria para as donas de casa de baixa renda nos governos do PT, argumenta-se que as lutas feministas por direitos não podem prescindir de uma compreensão analítica sobre os mecanismos estruturais e conjunturais que aprisionam, discriminam, exploram e oprimem as mulheres, dentre os quais: a divisão sexual do trabalho.

Biografia do Autor

Laudicena Barreto, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Serviço Social, Recife, PE, Brasil.

Assistente Social, Professora Assistente A (Dedicação Exclusiva) do Departamento de Serviço Social da UFPE desde 2013. Doutora e Mestra em Serviço Social pelo Programa de Pós-graduação em Serviço Social - UFPE. Especialista em Políticas Públicas e Gestão de Serviços Sociais pela UFPE e Direitos Humanos pela UCB. Atuação, pesquisas e estudos na área de Estado, Seguridade Social, Proteção Social , Direitos Humanos e Gênero.

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Publicado

2020-05-15